São Paulo, domingo, 30 de abril de 2006

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O TORCEDOR

Sonho de Jules Rimet vira realidade no Uruguai e inicia uma nova era no esporte

Era uma vez...

A culpa pelo fracasso na primeira Copa só não foi da CBF porque ela não existia. Foi da CBD (Confederação Brasileira de Desportos) mesmo. Permitiu aquela "cariocada" na seleção. Só um jogador paulista, Araken Patuska, viajou para representar o Brasil lá no Uruguai, que é vizinho nosso, mas que, de navio, fica longe. Se bem que a Apea (Associação Paulista de Esportes Atléticos) também fez toda a questão de romper com a federação nacional, que não quis paulistas na comissão técnica. Dizendo lutar por seus interesses, a paulicéia desvairada não liberou alguns de seus craques em cima da hora. Cartola quase sempre atrapalha, não é? Jogamos sem Friedenreich, o "Tigre", sem Del Debbio, sem Feitiço. Nem mágico daria o título para o Brasil. Quanto mais o filho de um escritor. Aliás, sendo justo, acho que ele foi o único que se salvou mesmo. O Preguinho, que só era conhecido por ser filho de Coelho Neto, fez o primeiro gol em Copas da "branquinha" (acho que um amarelinho cairia melhor nessa camisa...). Foi na derrota na estréia para a Iugoslávia: 2 a 1 para eles. Nos 4 a 0 na Bolívia, o atacante que brilhava no Fluminense (e que era bom em natação, vôlei e atletismo também) ainda marcou mais dois. Foi nosso primeiro artilheiro em Copas, com três gols, mas aquele tal de Stábile, um argentino (@!#%), fez oito.
Para ser mais justo, o Fausto também brilhou. Seria o único brasileiro que mereceria estar na seleção da Copa, quase toda formada pelos marrentos uruguaios, que ganharam mais uma taça.
E pensar que nosso time gastou várias horas em um navio chama do Conte Verde para fazer só duas partidas. Será que um dia teremos dirigentes fazendo a coisa certa?


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