São Paulo, domingo, 30 de abril de 2006

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A HISTÓRIA

Itália de Pozzo confirma sua hegemonia na casa vizinha

A guerra começou antes da Copa. Congresso em Berlim em 1936 barrou continentes na organização do evento, e a França de Jules Rimet ficou com o torneio que seria realizado na Argentina. Os argentinos boicotaram o evento, que ocorreu na Europa mesmo com a Espanha em guerra civil, a Alemanha anexando a Áustria, a Itália invadindo a Abissínia...
Como o Uruguai, campeão de 30, e a Inglaterra também dizem não à Copa que antecede a Segunda Guerra Mundial, mais uma vez a Itália se aproveitou. Detentora da taça, ficou livre das eliminatórias (regalia que viraria uma prática em Copas), e manteve a estrutura vitoriosa capitaneada pelo técnico Vittorio Pozzo- os italianos eram os campeões olímpicos.
Na lista de participantes e em campo, algumas surpresas. Cuba e Índias Holandesas (Indonésia) dão as caras, e os cubanos até avançam às quartas-de-final . A Alemanha, reforçada com os austríacos, sucumbe diante da Suíça para a decepção de Hitler. O Brasil posa como a surpresa mais positiva com seu estilo vistoso de jogo.
A Azzurra, de novo com o craque Giupeppe Meazza, eliminou os anfitriões (3 a 1 nas quartas) e os artistas da bola (2 a 1 na semifinal). Organizada dentro e fora de campo, não se desgastou em viagens de trem como as outras seleções e fez até uma final mais tranqüila do que a que ganhara quatro anos antes em casa. Diante da Hungria, um 4 a 2 categórico manteve a Taça Jules Rimet em mãos italianas (ao menos até o presidente da Fifa escondê-la dos nazistas debaixo da cama). Seria mais de uma década sem Copa.


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