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A HISTÓRIA
Itália de Pozzo confirma sua hegemonia na casa vizinha
A guerra começou antes da Copa. Congresso em Berlim em 1936
barrou continentes na organização do evento, e a França de Jules
Rimet ficou com o torneio que seria realizado na Argentina. Os argentinos boicotaram o evento,
que ocorreu na Europa mesmo
com a Espanha em guerra civil, a
Alemanha anexando a Áustria, a
Itália invadindo a Abissínia...
Como o Uruguai, campeão de
30, e a Inglaterra também dizem
não à Copa que antecede a Segunda Guerra Mundial, mais uma vez
a Itália se aproveitou. Detentora
da taça, ficou livre das eliminatórias (regalia que viraria uma prática em Copas), e manteve a estrutura vitoriosa capitaneada pelo
técnico Vittorio Pozzo- os italianos eram os campeões olímpicos.
Na lista de participantes e em
campo, algumas surpresas. Cuba
e Índias Holandesas (Indonésia)
dão as caras, e os cubanos até
avançam às quartas-de-final . A
Alemanha, reforçada com os austríacos, sucumbe diante da Suíça
para a decepção de Hitler. O Brasil
posa como a surpresa mais positiva com seu estilo vistoso de jogo.
A Azzurra, de novo com o craque Giupeppe Meazza, eliminou
os anfitriões (3 a 1 nas quartas) e
os artistas da bola (2 a 1 na semifinal). Organizada dentro e fora de
campo, não se desgastou em viagens de trem como as outras seleções e fez até uma final mais tranqüila do que a que ganhara quatro
anos antes em casa. Diante da
Hungria, um 4 a 2 categórico
manteve a Taça Jules Rimet em
mãos italianas (ao menos até o
presidente da Fifa escondê-la dos
nazistas debaixo da cama). Seria
mais de uma década sem Copa.
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