São Paulo, domingo, 30 de abril de 2006

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O TORCEDOR

Após ser goleada pela máquina húngara, a Alemanha vira e mostra sua força

Quem ri por último

A primeira coisa que um dirigente, um técnico e um jogador devem fazer quando começa uma competição é ler seu regulamento. O Brasil, acredite, simplesmente não fez isso na Copa. Do que adianta o Zezé Moreira manjar de tática se o time não tem idéia se joga pelo empate ou não? Depois de ganharmos fácil dos mexicanos de 4 a 0, encaramos a Iugoslávia, nosso algoz de 1930, e ficamos no 1 a 1. Todo o time chorou a desclassificação, mas estávamos garantidos nas quartas-de-final. Esse é o futebol brasileiro!
Quando alguém avisou que enfrentaríamos a temida Hungria, a situação não mudou muito. Os húngaros estavam comendo a bola, e nossa equipe ainda se adaptava com o novo uniforme, na cor amarela (branco pipocou em 50). Apanhamos no campo, como era esperado, e fora também na "Batalha de Berna". Teve briga, sangue, e Pinheiro, nosso zagueiro, levou garrafada. Dizem que foi Puskas, o craque deles, que jogou o objeto, mas parece mesmo que foi o próprio médico brasileiro. Teria errado a pontaria. Do início ao fim, a delegação bateu cabeça.


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