São Paulo, domingo, 30 de abril de 2006

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A HISTÓRIA

Estratégia alemã de minar Puskas faz "Milagre de Berna"

A neutra Suíça recebeu a primeira Copa após a Segunda Guerra Mundial. Já havia passado quase uma década do final do conflito, e a Alemanha voltava a campo para erguer de vez a cabeça perante o mundo. O problema, porém, foi ter caído na chave da Hungria, esquadrão que estava invicto desde maio de 1950, tendo aplicado 6 a 3 na Inglaterra em Wembley e 7 a 1 na mesma Inglaterra em Budapeste pouco antes do Mundial. Sem alguns titulares, a tropa alemã não foi páreo para a máquina húngara, que goleou a seleção dos irmãos Walter (Fritz e Ottmar) por 8 a 3. Mas, com duas vitórias sobre a Turquia, uma das novidades da Copa, assim como a Coréia do Sul, a Alemanha avançou. Os donos da casa saíram nas quartas-de-final diante da Áustria no jogo com mais gols em Copas (7 a 5). Dos campeões mundiais, a Itália decepcionou, caindo na fase inicial, e o Uruguai mostrou força, fazendo uma épica semifinal com a Hungria -os húngaros venceram por 4 a 2 só na prorrogação. Se a Hungria havia levado a melhor contra o Brasil na "Batalha de Berna", o mais violento jogo do Mundial suíço, teve que amargar o "Milagre de Berna". Puskas, astro maior, estava contundido desde o duelo com a Alemanha na primeira fase -foi atingido por Liebrich. Jogou no sacrifício a final, fez o primeiro gol, viu seu time fazer 2 a 0, mas, depois, a Alemanha virou. Venceu a estratégia.

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