São Paulo, domingo, 30 de abril de 2006

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O TORCEDOR

Pátria-mãe do futebol enfim chega ao topo, mas com a coroa arranhada

Deus salve a rainha

Tudo errado! Preparação ruim, convocação maluca, técnico dorminhoco, falta de comando, salto alto... Não podia dar outra coisa! A geração do bi está para sempre em nossos corações, mas muita gente já podia descansar depois do título no Chile. O Brasil deu vexame em amistosos, apanhando de Holanda, Portugal, Itália (0 a 3!), Bélgica (1 a 5!!!)... O que é isso? Feola, que já não tinha lá muita energia em 58, estava ainda mais apagado em 66. Listou mais de 40 caras para a preparação. Ninguém tinha idéia, nem ele, de quem jogaria. Pelé e Garrincha juntos só na estréia: 2 a 0 na Bulgária, com um gol de cada gênio. Aí a coisa muda de figura. Contra a Hungria, que não era o timaço de 54, entram Gérson e Tostão, e Pelé é meio poupado (lembra de 38?). Tomamos o primeiro 3 a 1. A equipe sofre com tantas mexidas. Contra Portugal, toda a defesa muda. Gérson e Tostão saem do time, que vai com Silva e Paraná na frente. Nada de Garrincha. Pelé volta, mas apanha como nunca e só faz número. Tomamos o segundo 3 a 1. Mostramos tudo o que não se deve fazer em Copa.

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