São Paulo, domingo, 30 de abril de 2006

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A HISTÓRIA

Inglaterra toca taça apesar de a bola mal tocar a linha do gol

Demorou muito para a pátria mãe do futebol casar com a Copa. Demorou para estrear (só em 50), para organizar (66) e para vencer (66). A forma como isso aconteceu não foi lá das mais requintadas. Ao contrário, a coroação da Inglaterra, com a presença da rainha Elizabeth 2ª no mítico estádio de Wembley, gerou eterna polêmica sobre um gol que não existiu, mas que acabou validado. A violência não foi uma tônica como no Mundial do Chile, mas imperou muito. Pelé foi uma das vítimas, sofrendo nas mãos e nos pés dos portugueses, que seriam a sensação. A Inglaterra tinha um volante que não aliviava: Stiles. A ótima defesa inglesa, que tinha o goleiro Banks e o zagueiro Bobby Moore, passou intacta até as semifinais. O English Team na fase inicial só não dobrou o Uruguai, que acabou eliminado nas quartas-de-final pela Alemanha, do promissor Franz Beckenbauer. Outro jogo entre potências nas quartas foi Inglaterra x Argentina. A rivalidade só aumentou com a expulsão de Rattin e as acusações dos argentinos de favorecimento aos anfitriões. Mais que a eliminação do Brasil, surpresa foi a queda da Itália diante da Coréia do Norte, que só saiu da Copa após uma virada épica de Portugal (5 a 3). Eusébio caiu na semifinal ante os donos da casa, que precisaram de prorrogação na decisão com os alemães. Após um 2 a 2 no tempo normal, Hurst fez dois na prorrogação, um em que a bola bateu no travessão e não entrou. A Inglaterra levou a sua Copa no limite.

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