São Paulo, domingo, 30 de abril de 2006

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O TORCEDOR

Ronaldo e Brasil sofrem pane, a França brilha em seu Mundial

No apagar das luzes

Nunca pensei que a "amarelinha" fosse amarelar. Uns dizem que só o Ronaldo apagou, outros que todo o time pipocou e tem aqueles que garantem que a CBF vendeu a Copa. Seja lá o que for, jamais vou entender aquilo. Nosso time era o melhor do mundo, assim como o Ronaldo. Tudo bem que perdemos um joguinho na primeira fase para a Noruega, mas já estávamos classificados. Na verdade, esse tropeço me preocupou porque só ganhamos Copa invictos. Porém tínhamos o pé-quente Zagallo. A sorte dele nos colocou contra o Chile nas oitavas. Goleada! Nas quartas, uma perigosa Dinamarca. E um perigoso Rivaldo provou que seria melhor do mundo um dia. Faltava algo para acender o time, que tinha talento, mas parecia meio comercial demais, com muita propaganda, máscara... Veio a Holanda: jogaço. Não sobrou unha para roer na prorrogação. Fizemos nosso melhor jogo, e Taffarel nos salvou de novo nos pênaltis. O penta estava no papo. O timinho da casa só tinha um tal Zidane de craque, não tinham camisa (se bem que o uniforme deles era bonito e não era da Nike). E não é que sofremos nossa primeira derrota em Copas por mais de dois gols de diferença? Não manjo de medicina e psicologia, mas sei que a pressão toda no Ronaldo fez ele desmaiar. Falam que foi crise nervosa. Deve ter sido, mas no campo foi amarelada. Ninguém jogou nada, tomamos dois gols bobos e já no primeiro tempo perdíamos de 2 a 0. Não deu nem graça. Tive que engolir.


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