São Paulo, domingo, 30 de abril de 2006

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O TORCEDOR

Ronaldo dá exemplo de recuperação, e um Brasil desacreditado se transforma em penta

Todo mundo tenta

Eu sempre falei que esse Ronaldo não era um amarelão. O cara sempre foi um Fenômeno, todo mundo sabe. Desde que começou no futebol, já comparavam ele com o Pelé, se bem que aí eu acho meio demais. Mas não é que ele igualou o Rei em gols em Copas? Entrei na família Scolari como quase todo o Brasil entrou. Os jogos rolavam do outro lado do mundo e era diferente acompanhar a Copa. Tinha desconfiança no time, que deu vexame nas eliminatórias e vinha com o tal 3-5-2 que não emplacou bem em 90. Pelé já nos ajudou no sorteio, colocando molezas para a gente. Foram cinco na Costa Rica, quatro na China e, no jogo com a Turquia, o juiz ajudou o time grande. Na hora do mata-mata, o Felipão é mestre e ninguém amarelou. A defesa segurou o rojão (se bem que o Lúcio deu um gol para a Inglaterra), as jogadas eram armadas até com show por Rivaldo e por esse novo Ronaldinho que surgiu aí, e o Ronaldo bom mesmo ia lá e definia a parada legal. Apesar disso, contra a Bélgica, precisamos de novo de mãozinha do juiz. Mas no jogo mais legal, só precisamos de dez homens para virar contra os ingleses, que se achavam o máximo com um loirinho que só bate faltas e cruza. Na semifinal, para facilitar nossa vida, pegamos de novo os turcos, que mais correm do qualquer outra coisa. Que o diga Denílson, que levou nos calcanhares um monte deles. Na final, tínhamos um grande teste. Além de ser um tira-teima com a Alemanha, outro time de chegada, nós não podíamos desmaiar na hora H de novo. Mas Ronaldo esteve tão acordado que marcou dois e, agora, quem tem mais é penta. É nóis!

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