São Paulo, domingo, 30 de junho de 2002

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PENTA

Scolari não repetiu a escalação duas vezes seguidas

Mundial consagra seleção mutante

DOS ENVIADOS A YOKOHAMA

A campanha vitoriosa da seleção brasileira na Ásia consagrou o estilo mutante de Luiz Felipe Scolari ao escalar o time.
O Brasil foi campeão sem ter repetido a mesma escalação em dois jogos seguidos. Somente na final, contra a Alemanha, o time considerado titular foi a campo sem qualquer tipo de dúvida sobre ele.
Quando a seleção ainda se preparava na Malásia, em maio, Scolari disse que escalaria o time conforme o adversário e que o torcedor não teria o tradicional "11 canarinho" na ponta da língua.
Dito e feito. Já na primeira semana de treinamentos em Ulsan (Coréia do Sul), Scolari surpreendeu ao confirmar o meia Juninho como titular. O jogador não fazia parte do grupo de cotados para ficar com a vaga na posição.
Logo após a estréia, contra a Turquia, o treinador mexeu no time: trocou Edmilson por Anderson Polga. Não deu muito certo, pois o zagueiro gaúcho ficou perdido no esquema montado por Scolari para bater a China.
Para o último jogo da primeira fase, contra a Costa Rica, o treinador poupou Ronaldinho, Roberto Carlos e Roque Júnior. Entraram Edílson, Júnior e Edmilson. O último não saiu mais do time.
A estréia no mata-mata marcou o retorno do "11" que estreou na Copa. Mas, após a vitória sobre a Bélgica, em que o time apresentou um buraco no meio-campo, Scolari mexeu na equipe para pegar a Inglaterra nas quartas-de-final.
Temendo o rival, o treinador sacou Juninho e escalou Kleberson, até então esquecido, que acabou fazendo um de seus melhores jogos na Copa Coréia/Japão.
O time parecia estar pronto. Mas Ronaldinho foi expulso contra os ingleses, o que causou nova mudança para pegar a seleção turca na semifinal. Jogou Edílson.
Na partida decisiva, contra a Alemanha, o "11" titular -Marcos; Lúcio, Edmilson e Roque Júnior; Cafu, Gilberto Silva, Kleberson, Ronaldinho e Roberto Carlos; Rivaldo e Ronaldo- pôde entrar em campo e na história. (FÁBIO VICTOR, FERNANDO MELLO, JOÃO CARLOS ASSUMPÇÃO, JOSÉ ALBERTO BOMBIG, PAULO COBOS, ROBERTO DIAS, RODRIGO BUENO E SÉRGIO RANGEL)


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