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Antes modelo, combate à Aids
sofre retrocesso
COLABORAÇÃO PARA A FOLHA
O Brasil é conhecido como
referência no combate e tratamento da Aids graças à redução de 1,2 milhão de infectados
pelo HIV em 2000 para 600 mil
em 2004, segundo estimativas
do Ministério da Saúde.
Hoje é consenso a melhoria
do bem-estar dos soropositivos, mas, de acordo com o pesquisador-assistente Roberto
Schwartz, da UFPA, o país retrocedeu. Nesse ritmo, diz, será
inviável cumprir a meta de redução e controle do HIV/Aids.
Os casos de transmissão de
mãe para filho preocupam.
"Nota-se um grande aumento
no número de mães portadoras
do HIV", alerta Schwartz.
Entre as metas do Ministério
da Saúde estão a ampliação do
número de pré-natais e de testes para gestantes, campanhas
de prevenção e aumento na
distribuição de preservativos.
O próximo e audacioso passo
será a quebra de patente de medicamentos anti-retrovirais.
O governo encaminhou carta
às farmacêuticas solicitando licenciamento voluntário. Caso
aceitem, o Brasil pagaria royalties e produziria os medicamentos nacionalmente, reduzindo o custo do tratamento.
Nos últimos meses, a reputação da política de tratamento
da Aids foi colocada à prova.
Portadores do HIV e ONGs denunciaram a falta do medicamento AZT na rede pública. O
Ministério da Saúde alegou
atraso na entrega do fabricante
de matéria-prima e providenciou o envio de cápsulas de remédios às coordenadorias estaduais de DST/Aids.
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