São Paulo, quinta-feira, 31 de março de 2005

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Antes modelo, combate à Aids sofre retrocesso

COLABORAÇÃO PARA A FOLHA

O Brasil é conhecido como referência no combate e tratamento da Aids graças à redução de 1,2 milhão de infectados pelo HIV em 2000 para 600 mil em 2004, segundo estimativas do Ministério da Saúde.
Hoje é consenso a melhoria do bem-estar dos soropositivos, mas, de acordo com o pesquisador-assistente Roberto Schwartz, da UFPA, o país retrocedeu. Nesse ritmo, diz, será inviável cumprir a meta de redução e controle do HIV/Aids.
Os casos de transmissão de mãe para filho preocupam. "Nota-se um grande aumento no número de mães portadoras do HIV", alerta Schwartz.
Entre as metas do Ministério da Saúde estão a ampliação do número de pré-natais e de testes para gestantes, campanhas de prevenção e aumento na distribuição de preservativos. O próximo e audacioso passo será a quebra de patente de medicamentos anti-retrovirais.
O governo encaminhou carta às farmacêuticas solicitando licenciamento voluntário. Caso aceitem, o Brasil pagaria royalties e produziria os medicamentos nacionalmente, reduzindo o custo do tratamento.
Nos últimos meses, a reputação da política de tratamento da Aids foi colocada à prova. Portadores do HIV e ONGs denunciaram a falta do medicamento AZT na rede pública. O Ministério da Saúde alegou atraso na entrega do fabricante de matéria-prima e providenciou o envio de cápsulas de remédios às coordenadorias estaduais de DST/Aids.


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