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PROVÃO 99
Avaliações indicam defeitos nas áreas exatas e biológicas
Os cursos de engenharia química, medicina veterinária e odontologia serão os próximos alvos
do processo de renovação do reconhecimento. Estão sob risco 33
cursos nessas áreas que, se repetirem o mau desempenho no Exame Nacional de Cursos deste ano,
correm o risco de perder o reconhecimento e ser fechados (veja
quadro na página 2).
Esse processo já está ocorrendo
com 101 cursos de administração,
direito e engenharia civil, que já
foram submetidos a três avaliações por meio do provão e à avaliação das condições de oferta,
coordenada pela Sesu (Secretaria
de Ensino Superior) do MEC
(Ministério da Educação).
Os cursos de engenharia química, medicina veterinária e odontologia também já foram submetidos à avaliação da Sesu.
São dois os critérios adotados
para selecionar os cursos que vão
passar pela renovação do reconhecimento nessa primeira fase:
tirar nota D ou E por três vezes
consecutivas no Exame Nacional
de Cursos ou receber conceito insuficiente em 2 dos 3 itens verificados na avaliação das condições
de oferta (corpo docente, organização didático-pedagógica e instalações).
A previsão é que todos os cursos do país passem por isso.
Dependendo do resultado no
provão, os 33 cursos vão receber
uma nova visita das comissões
coordenadas pela Sesu. Elas vão
verificar se houve melhoras em
relação à primeira visita. Com base no resultado, será elaborado
um relatório, que poderá indicar
ou não o fechamento do curso.
O relatório será encaminhado
ao CNE (Conselho Nacional de
Educação), que vai tomar a decisão final. Entre as possibilidades
que poderão ser adotadas pelo
CNE estão fechar o curso ou dar
um prazo para que a instituição
faça as adaptações necessárias.
Se o curso for fechado, os alunos terão de ser transferidos a
uma instituição com padrão semelhante e localizada perto daquela que teve o curso fechado.
Cabe ao MEC se responsabilizar
pela transferência dos alunos.
A renovação do reconhecimento está prevista na LDB (Lei de
Diretrizes e Bases da Educação
Nacional) de 1996. Desde então, o
reconhecimento dos cursos passou a ser concedido por um período máximo de cinco anos. A
medida tem o objetivo de assegurar um acompanhamento mais
rigoroso da qualidade do ensino
superior no Brasil. Se um curso
perde o reconhecimento, ele não
pode mais emitir diplomas.
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