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Entrevista Nelsinho Baptista

"Não me culpo pelos 7 a 1 que sofri como treinador do Santos"

Adversário no mundial, técnico do kashiwa diz que superou goleada em clássico de 2005

ENVIADOS ESPECIAIS A TOYOTA

O santista não esquece facilmente. A goleada de 7 a 1 sofrida para o Corinthians no Brasileiro de 2005 ainda ecoa nos clássicos entre os times.

E o técnico do Santos na ocasião, Nelsinho Baptista, atual Kashiwa Reysol, será lembrado hoje, quando os times se encaram no Mundial.

Os atletas teriam feito "corpo mole" para derrubar o técnico, o que ninguém admite. A carreira de Nelsinho pode ter seu ápice se ele vencer o time pelo qual foi campeão paulista em 1978 e pelo qual sofreu em 2005. (LEONARDO LOURENÇO E RODRIGO BUENO)

Folha - Como é rever o Santos depois dos 7 a 1? Superou?

Nelsinho - Estou numa fase tão boa que isso passou. Eu tive força para reagir e continuar a minha carreira.

Os jogadores quiseram mesmo te derrubar?

Não me preocupo com isso. Mas não me sinto culpado, não sinto nada.

Há uma motivação maior por enfrentar o Santos?

A motivação é pelo campeonato, por enfrentar um grande time como o Santos.

Você integrou o elenco dos originais meninos da Vila em 1978...

Foi feita uma reformulação no Santos, que vivia problemas econômicos. Deram oportunidade para novos valores, como Juari, João Paulo, Batata, Zé Carlos, Pita, Toninho Vieira. E havia alguns experientes, como eu e o Gilberto. Tínhamos como técnico o Formiga, que deu tranquilidade para a gente jogar.

Como tem acompanhado esta geração de meninos da Vila?

No Japão, o futebol brasileiro passa muito pouco. Passa mais o europeu. Temos conversado sobre a característica individual e mostrado o conjunto do Santos. Para os jogadores não entrarem em campo sem conhecer. Se enfrentassem o Barcelona, seria um time mais conhecido.

Acha que pode haver deslumbramento com o rival por parte de alguns de seus atletas?

Não. Nossa equipe vem ganhando há dois anos e vem sempre com os pés no chão. Ganhamos um campeonato com 82% das rodadas em primeiro lugar, sempre mantendo a seriedade.

Você travou duelos famosos com Vanderlei Luxemburgo. E com Muricy, seu velho colega?

Cheguei ao São Paulo com 20 anos, e ele, com 18, veio para o profissional. Jogamos quatro anos e praticamente dividíamos quarto nas concentrações. Sempre tivemos grande amizade, é um vencedor. Eu o respeito como treinador, tem muita seriedade, muita cobrança, quer que seu time marque e jogue.

A bola parada é especialidade dos times de Muricy, mas hoje você tem um especialista nessa jogada, o Jorge Wagner. O jogo pode ser definido assim?

Hoje, a bola parada é um detalhe que define o jogo. No primeiro tempo, no início contra o Monterrey, quase fizemos o gol assim. Estamos preparados para escanteios, faltas laterais...

Cogita fazer marcação individual em Neymar?

Não vou falar nada.

Você mexeu no ataque durante o jogo contra o Monterrey, e o time melhorou. Mexerá no time titular contra o Santos?

Não sei ainda, você já está querendo saber demais. Vou descansar e ver o que o grupo tem de melhor.

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