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Imediatismo é o problema, dizem técnicos

DE SÃO PAULO

Os técnicos são unânimes. Foi o imediatismo dos cartolas que praticamente matou o passe no futebol brasileiro.

Segundo René Simões, comandante da Jamaica na Copa-1998, o problema começa com a cobrança de resultados nas categorias de base.

"Para não perder o emprego, o treinador escala os jogadores com físico mais desenvolvido, porque eles que vão levá-lo aos títulos. E os mais habilidosos, que poderiam abastecer o time de cima, ficam pelo caminho porque são mais fraquinhos."

Já Cuca, do Atlético-MG, afirma que que a alta rotatividade de jogadores e técnicos impede o entrosamento necessário para que se toque a bola com competência e obriga o uso de outros estilos.

"Para ter passe, é preciso ter conhecimento entre as peças. Não dá para montar um time e, do nada, querer que ele fique com a bola. Aí, tem que ser no contra-ataque, nas jogadas de velocidade."

Mesmo que essas escolhas representem a queda no nível técnico do futebol jogado.

"Olha o que foi o Campeonato Brasileiro, um perde e ganha terrível. Temos que parar com a bajulação e sermos mais críticos. Espero que essa derrota [do Santos] sirva para isso", avaliou Paulo César Carpegiani, ex-São Paulo.

"Sem passe, você pode até ganhar. Mas não vai jogar futebol", completou. (RR)

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