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RJ prevê acabar com piscina e pista

MARACANÃ
Para governo, fim do Julio Delamare e do Célio de Barros facilitará privatização

ITALO NOGUEIRA
SÉRGIO RANGEL
DO RIO

O governo do Rio de Janeiro prevê o fim do Parque Aquático Julio Delamare e do estádio de atletismo Célio de Barros para viabilizar a concessão do complexo do Maracanã à iniciativa privada.

A derrubada das duas arenas tradicionais do esporte brasileiro é uma estratégia do Estado para conseguir atrair grandes empresas especializadas em gestão de estádios para a licitação, que deverá ocorrer antes da Copa do Mundo de 2014.

Com a saída das duas instalações, os empresários ganhariam espaço para erguer um centro comercial e um edifício-garagem no complexo do Maracanã, o que aumentaria o potencial financeiro do investimento.

A informação que prevê a derrubada do Célio de Barros e do Julio Delamare consta de edital publicado ontem no "Diário Oficial" do Rio para que empresas se apresentem para realizar estudo de viabilidade econômica com vistas à concessão do Maracanã.

Segundo o documento, os interessados devem desenvolver estudos que permitam a reconstrução das duas instalações a uma distância de pelo menos cinco quilômetros do complexo.

O governo do Estado afirma que a demolição é uma possibilidade. Disse ainda que houve erro no edital publicado e que os novos equipamentos deverão ser previstos a uma distância de até cinco quilômetros do Maracanã.

Inaugurado em 1978, o parque aquático foi reformado por R$ 10 milhões para o Pan de 2007. Lá foram realizadas as partidas de polo aquático.

A pista do Célio de Barros foi aberta em 1954 e virou estádio 20 anos depois.

O local abrigou durante anos treinos de duas estrelas do atletismo brasileiro: Adhemar Ferreira da Silva, bicampeão olímpico de salto triplo em 1964 e 1968, e Aída dos Santos, atleta que participou dos Jogos de 1964 e 1968.

No Pan, o estádio serviu de centro de convivência.

O documento solicita ainda estimativas de investimentos, receitas, custos e despesas operacionais do Maracanã. O trabalho servirá para o governo estipular o valor mínimo da licitação.

Pede também a definição de metas e resultados a serem atingidos pela futura concessionária do complexo.

Há 15 anos o governo do Rio tenta privatizar o estádio, mas esbarra na dificuldade de a iniciativa privada conseguir viabilizar financeiramente a operação.

O governador Sérgio Cabral (PMDB) quer que o estádio já esteja concedido à iniciativa privada durante a Copa-2014, quando será o palco da final. O governo do Rio vai gastar quase R$ 1 bilhão na reforma do estádio.

O empresário Eike Batista e a Traffic já manifestaram interesse em participar da disputa pela concessão.

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