Luxemburgo quer o Grêmio, mas cartola diz que prefere Dunga

Vanderlei Luxemburgo quer ser técnico do Grêmio.

Mas Paulo Pelaipe, diretor de futebol do clube gaúcho, prefere ver Dunga no banco.

A disputa começou ontem, logo após o Grêmio ter demitido Caio Júnior, que não resistiu aos maus resultados.

À tarde, o empresário Gilmar Veloz, agente de Luxemburgo, disse que o acerto entre seu cliente e o clube gaúcho estava muito perto de ser finalizado e anunciado.

Poucas horas depois, o diretor de futebol do Grêmio, Paulo Pelaipe, concedeu entrevista coletiva na qual deu a entender que Dunga é seu nome preferido para o posto.

"É experiente, ganhou a Copa América, a Copa das Confederações, e só perdeu a Copa do Mundo porque o goleiro [Júlio César] falhou", disse o dirigente sobre o ex-treinador da seleção.

Dunga não trabalha como técnico desde o fim da Copa da África do Sul, em 2010. Mora em Porto Alegre, onde pode acompanhar o estado de saúde do pai, Edelceu, que vive em Ijuí (a cerca de 400 km da capital gaúcha).

Há menos de um mês, Luxemburgo foi demitido do Flamengo, onde se desentendeu com Ronaldinho e grande parte da diretoria.

Antes, havia sido mandado embora do Atlético-MG, clube que quase rebaixou em 2010. Seus trabalhos anteriores em Santos e Palmeiras também foram fiascos.

Em Porto Alegre, a declarada preferência de Pelaipe por Dunga é encarada como um despiste ou uma tentativa de fazer Luxemburgo baixar sua pedida salarial.

O Grêmio oferece R$ 400 mil mensais ao treinador carioca, menos do que ele ganhava em seus últimos empregos -é o mesmo que Celso Roth ganhava em 2011.

Seja quem for o próximo técnico do Grêmio, é certo que lidará com grande pressão. O time está à sombra do rival Inter, faz campanha ruim no Estadual, e a diretoria quer ver resultados depois das caras contratações, como Kleber e Marcelo Moreno.

E amanhã há um Gre-Nal, no Beira-Rio, pelo Gaúcho.