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Lúcio Ribeiro

Você duvida?

Vêm aí os jogos que podem fazer possível o impossível, provável o improvável

Estive dias atrás nos EUA e, toda vez que entrava numa banca, ia atrás de revistas de futebol. Ou soccer. O Americanão-2012 acabou de começar e eu queria comprar um especial da temporada, um preview, qualquer coisa. Nas bancas ou livrarias, tinha umas 600 publicações de basquete, 400 do outro futebol, UMC, hóquei, beisebol, a "ESPN" com basquete na capa, a "Sports Illustrated" também.

Eu estava no Texas, e notícia de futebol nos jornais locais era quase zero. Nem o Houston Dynamo, líder do lado leste (dois jogos, duas vitórias), merecia um destaque, coitado, massacrado no noticiário esportivo por qualquer dos esporte citados, incluindo aí o basquete UNIVERSITÁRIO, que, na fase de playoff, atrai até o Obama para ver jogo.

Não é o caso de querer que futebol seja grande nos EUA, mas podia ter um espaço um pouco maior. É improvável, mas vai que um dia

Daí que nos cinemas americanos entrou em cartaz o badalado "Salmon Fishing in the Yemen", sobre um xeque árabe que quer levar o esporte da pesca do salmão para o Iêmen, que não tem rio permanente, a não ser quando chove muito. O lema de "Fishing": "Fazer o impossível possível".

O filme me fez lembrar do futebol nos EUA, de certa forma uma "cultura de pesca em rio que não tem água". E me fez lembrar, já no Brasil, na interessante temporada de "Fazer o impossível possível" que pode estar por vir em lugares que tratam melhor o futebol: aqui e na Europa. Já pensou o Milan eliminando o Barcelona na Champions League, com um gol do Robinho, de uma certa forma "vingando" o Santos? Ou o Chelsea finalmente ganhando a Champions numa final em que o atacante mais zicado do mundo hoje, o Fernando Torres, faça três gols?

Alguém duvida que o Adriano emagreça, "tome jeito" e ajude o Flamengo a reconquistar a Libertadores? Ou o Tevez volte mesmo a jogar pelo Manchester City e seja útil na arrancada final ao primeiro título no Inglês do time do Oasis desde os anos 60? Acha impossível o Apoel, ainda na Champions, eliminar o milionário Real? A torcida cipriota, que costuma levar a faixa "Apoel ou morte" às arquibancadas, acha esse impossível possível.

É improvável o hoje polêmico Ronaldinho Gaúcho ganhar a medalha de ouro na Olimpíada e levar o Brasil à conquista que falta em sua história, que nem Romário e Ronaldo conseguiram?

E, para resumir toda a história de pescar em rio que não tem água, alguém duvida do Corinthians campeão da Libertadores? Acho que, qualquer uma dessas coisas "impossíveis" acontecendo, daria um bom filme para Hollywood ver o quanto futebol é (também) bacana.

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