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Escorregadio

Em ritmo de treino e sob temporal, Santos bate time peruano com facilidade em casa, mas desperdiça oportunidade de ampliar saldo de gols

Santos 2
Edu Dracena, aos 14min do 1º tempo, e Neymar, aos 13min do 2º tempo
Juan Aurich 0

ADRIANO WILKSON
DE SÃO PAULO

Debaixo de um temporal, o Santos dominou seu fraco adversário, mas saiu do Pacaembu com uma vitória magra (2 a 0) e perdeu a oportunidade de fazer saldo de gols.

Isso pode ser perigoso, já que, no equilibrado Grupo 1, esse saldo será um importante critério de desempate.

Uma campanha melhor na fase de grupos garante um adversário, em tese, mais fraco nas oitavas de final.

A vitória levou o Santos à liderança do grupo a dois jogos do fim. Tem nove pontos, dois a mais que o Inter, mas o mesmo saldo: cinco.

Os dois times se enfrentarão no dia 4 de abril, na partida que pode definir quem será o líder e o vice do grupo.

Ontem, o Santos fez um jogo em ritmo de treino "ataque contra a defesa" com os peruanos do Juan Aurich. Isso ficou mais evidente no segundo tempo, quando os santistas criaram oportunidades, mas desperdiçaram várias na mão do goleiro Penny.

No primeiro tempo, o time dominou amplamente a posse de bola, mas arrematou pouco e só abriu o placar após o zagueiro Edu Dracena aproveitar um bate rebate na área.

Sem ser exigido, o capitão se destacou no ataque. Marcou seu quinto gol em 2012 e consolidou a condição de beque-artilheiro do Estado.

Em uma noite em que as estrelas de Neymar, Ganso e Borges estiveram apagadas na maior parte do tempo, coube ao experiente capitão santista abrir o caminho para a vitória alvinegra.

O gol de Dracena após um cruzamento de Neymar lembrou o da semifinal da Libertadores do ano passado, quando também foi decisivo.

Contra o Cerro Porteño, no próprio Pacaembu, Dracena completou de cabeça bela jogada individual do atacante e resolveu um jogo difícil.

Ontem, ao pegar um rebote e chutar forte no alto do gol de Penny, o zagueiro deu tranquilidade para sua equipe trabalhar a bola.

Além do gol, o camisa 2 se arriscou no ataque, embora com a bola nos pés sua qualidade seja menor do que quando arremata de cabeça.

Numa dividida com o goleiro Penny, chegou até a acertar uma bola na trave.

Como o Juan Aurich foi praticamente nulo no ataque, o Santos teve muita liberdade. Mas Neymar, Ganso e Borges começaram a jogar bem apenas no segundo tempo.

Foi dos pés do centroavante que saiu um bonito passe para Neymar, que, livre, tocou de esquerda no canto do goleiro e marcou o segundo.

O gol foi o sinal para o início de um bombardeio à meta peruana. Os meio-campistas santistas tentaram chutes de longe para aproveitar a bola a molhada e surpreender o goleiro. O que não aconteceu.

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