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FÁBIO SEIXAS fabioseixas.folha@uol.com.br @fabio_seixas

O alemão, o indiano, o dedo e uma provação

Na abertura do Mundial, um sexto lugar no grid, atrás do companheiro, e uma segunda posição no GP conquistada mais na incompetência dos adversários do que por méritos próprios.

Na segunda corrida, quinto lugar no grid, novamente atrás do único piloto com carro igual ao seu, e só a 11ª colocação na bandeirada.

Duas consequências. Na tabela, Vettel é só o sexto, com 18 pontos, contra 35 do líder, Alonso. Na pista, inédita pressão emocional. Que explodiu a nove voltas para o fim do GP da Malásia.

Vettel era o quarto colocado e tinha à frente Karthikeyan, retardatário. Fez a ultrapassagem, mas foi precipitado ao retomar o traçado. Acertou a asa dianteira do indiano, o que furou seu próprio pneu traseiro esquerdo. O erro custou caro. Sete posições, para ser mais preciso.

No cockpit, o alemão foi à loucura. Mandou duas vezes o dedo médio para o rival. E à BBC lançou a seguinte indelicadeza: "Nas ruas, sempre há alguns idiotas dirigindo. Parece que aqui também tem um". Aquele sorriso de sempre? Esquece.

A resposta de Karthike-yan veio ontem, mas foi no ponto. "É um bebê chorão."

Detentor dos principais recordes de precocidade da F-1, bicampeão aos 24 anos, Vettel enfrenta uma novidade em 2012: a pressão por resultados, tendo em mãos um carro que não é o melhor.

Erros todos cometem -foi automático lembrar de Senna com Nakajima em Interlagos-1990. E é inexorável: todo campeão passa por momentos duros, de provação.

Alguns sucumbem. Raikkonen, Hakkinen, Villeneuve, Hill filho, Jones, Hunt foram campeões que sentiram o baque e/ou se desmotivaram ao aterrissarem em carros não tão sensacionais.

Os grandes campeões lutam como podem. Schumacher e Alonso são os dois exemplos mais recentes.

Vettel, dono de enorme talento nato, vai mostrar neste ano que tipo de piloto é.

HOMENAGEM

A primeira vitória de Piquet na F-1, em Las Vegas, faz 32 anos hoje. E Nelsinho lembrará a data no Truck que pilotará amanhã em Martinsville

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