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Nas pistas, Bahrein tem monotonia

F-1
País mantém protestos longe dos olhos dos envolvidos com corrida

TATIANA CUNHA
ENVIADA ESPECIAL A SAKHIR

Pelo menos aos olhos da F-1, a vida no Bahrein continua quase da mesma maneira que estava da última vez em que a categoria esteve no país, há quase dois anos.

Cancelada no ano passado por causa de violentos protestos nas ruas do país contra o governo, a prova deste ano esteve ameaçada de não ocorrer pelo mesmo motivo.

Após semanas de discussões entre FIA, times e autoridades locais, o GP bareinita finalmente foi confirmado na semana passada. E, apesar do temor de alguns envolvidos com a F-1 de que a situação no país estivesse tensa, não foi o que se viu ontem.

No caminho de Manama até o circuito, em Sakhir, de cerca de 40 km percorridos em pouco mais de 45 minutos, o pouco policiamento nas ruas contrastava com a quantidade de cartazes promovendo a prova de domingo, quarta etapa do Mundial de F-1.

Na monótona paisagem, que mais parece um canteiro de obras, havia só alguns carros de polícia no acostamento da estrada que leva ao autódromo de US$ 150 milhões (R$ 273 milhões), inaugurado em 2004. Na chegada, nenhuma revista foi feita.

No trajeto, nada de manifestantes, confrontos com a polícia ou bandeiras queimadas. No máximo, homens jogando futebol em campos de areia e operários trabalhando. Os protestos, em grande parte pacíficos, têm acontecido geralmente em vilas nos arredores da capital Manama.

Anteontem, duas manifestações aconteceram. Uma em Al Dair, vila xiita onde milhares se reuniram para protestar. A outra, menor, de cerca de cem pessoas, em Diraz.

Ontem, porém, em Manama, onde ficam mercados tradicionais, a polícia atirou bombas de efeito moral para dispersar manifestantes, que gritavam "Abaixo à F-1".

Muitos carregavam cartazes de apoio a um ativista preso que há mais de dois meses faz greve de fome.

Houve corre-corre, mas não há relatos de feridos. Vários manifestantes acabaram sendo detidos no protesto que durou pouco mais de uma hora.

Nos últimos meses, a situação se acalmou, de acordo com autoridades consultadas pela FIA, daí a decisão de manter o GP no calendário.

No paddock bareinita, nada de anormal para uma quarta-feira. As equipes finalizavam os últimos detalhes para hoje, primeiro dia de atividades oficiais no circuito.

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