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Senhor Libertadores

Riquelme chega a marcas históricas pelo Boca Juniors na competição onde mais brilha

DE SÃO PAULO

Mesmo aos 33 anos, Juan Román Riquelme ainda é a identidade do Boca Juniors na Taça Libertadores.

A atuação, classificada pela imprensa argentina como "especial", do camisa 10 contra o Unión Española, do Chile, garantiu a vaga dos argentinos nas quartas de final e o deixou definitivamente na história do clube no torneio.

Há atletas que se identificam com um torneio, e a relação de Riquelme com a Libertadores é um exemplo. Além dos três títulos (2000, 2001 e 2007), ele prefere marcar neste torneio.

O gol marcado na vitória por 3 a 2 foi seu 23° em Libertadores, o colocando como principal artilheiro do Boca nessa competição, ao lado de outro ícone do clube, o atacante Martín Palermo.

Sua média de gols na competição é quase o dobro dos anotados no resto da sua trajetória pelo Boca: 0,38 (os 23 gols em 60 partidas) contra 0,21 (58 em 281 jogos).

"Quero desfrutar desses jogos da Libertadores", disse anteontem, após o golaço (fez fila na zaga chilena) e ainda dar duas assistências.

Ao atingir a 60ª partida pelo Boca na Libertadores, Riquelme é, ao lado do lateral Clemente Rodríguez, que também faz parte do atual elenco, o atleta que mais jogou nesta competição que o Boca conquistou seis vezes.

O gol foi dedicado ao filho Agustín, de nove anos, que havia avisado ao pai que marcaria no Chile.

"Um título seria especial para ele, que era pequeno em 2007", disse Riquelme.

O torneio é o preferido da torcida do Boca, e as boas atuações do meia coincidem com o retorno do clube à Libertadores depois de três anos fora por não ter conseguido a classificação via Campeonato Argentino.

CARRASCO

Nos três títulos de Riquelme com o Boca na Libertadores sempre houve vitória sobre times brasileiros. Em 2000, foi na decisão contra o Palmeiras. Em 2001, foram duas vítimas: o Vasco nas quartas e novamente o time paulista, desta vez na semifinal. Os dois confrontos contra o Palmeiras foram definidos nos pênaltis.

Em 2007, o Grêmio era comandado por Mano Menezes, e foi arrasado na decisão contra o Boca, perdendo por 3 a 0 no La Bombonera, em Buenos Aires, e por 2 a 0 no Olímpico, em Porto Alegre.

Na época, Mano apontou somente um culpado pelo fracasso: Riquelme. O meia fez três dos cinco gols, sendo os dois de Porto Alegre.

Na próxima fase desta Libertadores, o Boca terá confronto contra um brasileiro. Fluminense e Internacional decidiram a classificação ontem a noite, após o fechamento desta edição.

"Qualquer adversário brasileiro é difícil", disse o jogador depois da classificação conquistada no Chile.

Riquelme tem mais dois anos de contrato com o Boca, quando segundo ele pretende encerrar a carreira para cuidar da família.

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