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Patrocínio deve encostar nos R$ 3 bilhões até 2016

MARKETING
Estudo indica crescimento de quase 10% ao ano no Brasil

SÉRGIO RANGEL
DO RIO

O patrocínio no esporte brasileiro deve crescer 9,8% ao ano até 2016. Estudo da SportPar indica que a arrecadação com patrocínio vai pular de US$ 900 milhões (R$ 1,78 bilhão) para US$ 1,5 bilhão (R$ 2,97 bilhões) no ano em que serão realizados os Jogos Olímpicos do Rio.

O cálculo foi feito com base em estimativas do mercado publicitário e do PIB (Produto Interno Bruto) nacional nos próximos anos.

O crescimento do faturamento com verbas de patrocínio no esporte brasileiro segue tendência mundial.

O trabalho da empresa carioca aponta também que o setor será a principal fonte de receita da indústria do esporte no planeta já em 2014, com US$ 45,6 bilhões (R$ 90 bilhões) ou 31%. Vai superar pela primeira vez a bilheteria.

De 2011 até 2016, a receita de patrocínio deverá crescer 6,8% ao ano no mundo. Pulará de US$ 35 bilhões (R$ 69 bilhões) para US$ 52 bilhões (R$ 102 bilhões).

Apesar da projeção do crescimento do mercado de patrocínio, grandes clubes do país têm dificuldade para faturar com suas camisas.

Flamengo, São Paulo e Corinthians, que reúnem as três maiores torcidas do país, estão sem anunciante principal em seus uniformes.

Mesmo com Ronaldinho no time, o clube da Gávea não conseguiu fechar um contrato de um ano no espaço mais nobre de sua camisa.

"O Brasil ainda enfrenta dois problemas. O primeiro é a dificuldade de profissionalizar os clubes. A outra é uma consequência desse modelo", diz Carlos Moreira, ex-

-executivo da Nike e da Geo Eventos e fundador do canal Esporte Interativo.

"Os patrocínios ainda se restringem exclusivamente a comercializar a marca na camisa. Na verdade, o envolvimento dos clubes tem que ser muito maior. Eles têm que ajudar a vender o produto, fazendo ações com torcedores, algo que é comum nos EUA e na Europa, mas raro aqui", explicou Moreira, que também é diretor da SportPar.

De olho no mercado brasileiro, gigantes do marketing esportivo começam a entrar no Brasil. Ontem, a inglesa CMS (Chime Sports Marketing), uma das cinco maiores empresa do setor no mundo, oficializou uma parceria com a brasileira Golden Goal para atuar no país.

Nos EUA, o mercado mais forte do esporte mundial, os patrocínios esportivos neste ano já correspondem a 10,4% (US$ 49 bilhões, ou R$ 97 bilhões) do bolo de todo o mercado publicitário. Em 2007, as receitas de patrocínio equivaliam a 8,2% (US$ 38 bilhões ou R$ 75 bilhões).

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