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Um caos

Estratégia do Santos dá errado com Neymar cansado, Ganso discreto e Vila Belmiro com apagão e sem apoio da torcida

Ricardo Nogueira/Folhapress
Policiais guardam o gramado da Vila durante o apagão
Policiais guardam o gramado da Vila durante o apagão

DOS ENVIADOS A SANTOS

Considerado o melhor time do Brasil, o Santos foi um caos dentro e fora de campo.

Principal jogador nacional, Neymar teve noite infeliz: parou na marcação e não acertou nas poucas vezes em que teve espaço no gramado.

"Nem sempre vou acertar tudo." Ao ser questionado se estava cansado -depois de participar de excursão com a seleção-, o santista rejeitou a hipótese. "Estou bem, muito bem", rebateu.

O técnico Muricy Ramalho, do Santos, no entanto, entendeu que sim, houve cansaço de Neymar, que caiu no gramado no apagão das luzes. "Acho que ele estava esgotado, sim", disse ele, que viu desgaste físico e mental.

E deu um puxão de orelhas em seu principal jogador por ser afobado nos lances. "Como ele é garoto, sempre acostumado a ver as coisas dando certo, ele não tem paciência no próximo [lance], e tem que ter paciência. Tem que ter calma, simplificar", disse.

Quanto à análise do jogo, o treinador reconheceu que o Corinthians jogou bem, e o Santos, mal. Reclamou do excesso de erros de passes e disse que, pelo menos, houve melhora no segundo tempo.

"Temos que melhorar no segundo jogo, principalmente o fundamento de passe, que hoje [ontem] não foi bem", completou.

Neymar, por sua vez, tentou minimizar a atuação superior do Corinthians.

"No que entendo de futebol, só um time [o Santos] jogou. O Emerson acertou um belo chute e fez o gol", declarou o astro santista.

Se Neymar foi mal, o meia Paulo Henrique Ganso, escalado depois de se recuperar de uma artroscopia no joelho direito, esteve discreto. Sua escalação foi um mistério até pouco antes do jogo.

"Faltou achar o gol. Achamos alguns espaços com o Neymar e o Borges", afirmou o camisa 10 do Santos.

Mas o jogador ainda se mostrou otimista. "Eles perderam um dos principais jogadores. Temos tudo para reverter no Pacaembu", disse.

A escolha de mandar a partida na Vila Belmiro também acabou atrapalhando o time.

No momento em que parecia que o Santos pressionaria, para tentar o empate, as luzes do estádio apagaram com o cronômetro em 37min do segundo tempo.

A falta de luz durou 18 minutos, tempo suficiente para esfriar os jogadores santistas nos minutos finais do jogo.

Também faltou um apoio mais forte da torcida local ao time de Santos.

O goleiro Rafael foi vaiado porque santistas acharam que ele estava adiantado no gol de Emerson. O lateral

direito Henrique teve o mesmo tratamento por não estar marcando o corintiano neste mesmo lance.

Uma noite que terminou trágica para a torcida, que se manteve em silêncio por quase todo o jogo. (ADRIANO WILKSON, LUCAS REIS E MARCEL RIZZO)

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