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Presidente vira alvo de torcedores

SÉRIE A
São Paulo sofre derrota em casa sob ofensas a Juvenal Juvêncio

São Paulo 0
Vasco 1
Fágner, aos 4min do 2º tempo

LEONARDO LOURENÇO
DE SÃO PAULO

O clima tranquilo no São Paulo após a queda de Emerson Leão foi, na verdade, uma pequena trégua. Foram três jogos de calmaria, duas vitórias sob o comando do interino Milton Cruz e um empate já com Ney Franco no banco.

Ontem, porém, o novo treinador ouviu pela primeira vez a alta corneta tricolor. Mas desta vez os torcedores também miraram a diretoria.

A derrota em casa para o Vasco, por 1 a 0, transformou o presidente Juvenal Juvêncio em alvo. Era a opção que restava, já que o próprio mandatário já havia eliminado as outras em crises recentes.

Primeiro, no início do ano, manteve Leão e reformulou o elenco ao diagnosticar que o problema era o grupo. No mês passado, tirou o peso das costas dos atletas e colocou as falhas na conta do treinador.

"Não está fácil, fomos dominados. Falta muita coisa, não adianta esconder", disse Luis Fabiano, que isentou Franco de culpa nos últimos resultados. "Ele não teve tempo de trabalhar nada ainda."

O São Paulo apresentou dez minutos de bom futebol ontem, no começo do jogo.

Depois disso, o domínio foi todo vascaíno. Mais organizados, os cariocas eram perigosos, principalmente nos arremates de longe de Juninho Pernambuco -num deles, acertou o travessão de Denis.

Antes, Diego Souza já tinha perdido uma ótima chance de abrir o placar ao completar de forma displicente um cruzamento de Wiliam Barbio.

A má jornada da equipe fez Franco experimentar do mesmo veneno que atordoou Leão no final de sua última passagem pelo Morumbi.

Pedidos de raça se revezavam às vaias nas arquibancadas impacientes do estádio.

"Já estou acostumado, não me incomoda mais. Quando as coisas não estão bem, acontece isso", disse Luis Fabiano. "É normal, a gente não vem de uma fase muito boa. Mas estamos melhorando", completou Rhodolfo.

Se o clima era ruim com o 0 a 0, ficou pior logo aos 4min do segundo tempo. Fágner invadiu a área pelo lado direito e bateu forte. Denis viu a bola tocar suas mãos e entrar.

No entanto, havia tempo de o cenário ficar ainda mais tenso: aos 13min, Rodrigo Caio, que já tinha um cartão amarelo, tocou a bola com a mão no meio de campo e foi expulso infantilmente.

O resto de paciência que sobrava da torcida foi embora em seguida. Os gritos visavam os atletas "amarelões" e, agora, também o presidente Juvenal Juvêncio, lembrado pelos 10 mil pagantes com termos impublicáveis.

Quando as ofensas foram ampliadas, Luis Fabiano teve ótima chance de responder aos 29min, mas errou a meta vascaína por pouco.

A derrota deixa o São Paulo na sétima posição. No final de semana, o time viaja para enfrentar o Figueirense.

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