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Segurança

Torcedores passarão por pente-fino de casa a estádio

Controle dificulta ida até o Parque Olímpico

DO ENVIADO A LONDRES

Chegar ao Parque Olímpico não é tarefa fácil nestes Jogos. A polícia londrina montou barreiras para controlar os passos dos torcedores.

O processo inicia-se antes de o visitante deixar seu país, quando órgãos de segurança checam o histórico criminal de cada um. Paquistaneses foram barrados por serem suspeitos de terrorismo.

"Não falamos de ameaças específicas. Mas nosso nível de segurança é severo", explicou o chefe da polícia, Chris Allison, que planejou a operação para os Jogos.

Ao chegar à Inglaterra, o visitante enfrentará um dos aeroportos mais cheios do mundo com níveis recordes de movimento. Há a perspectiva de que desembarquem 250 mil pessoas por dia. As filas foram rápidas há uma semana, mas estão mais cheias.

Há ameaça de greve da imigração. "Temos um plano de contingência", disse a secretária de transporte do governo, Justine Greening.

Em Londres, o visitante se hospedará em hotel com preços inflacionados como em outros grandes eventos.

O desafio seguinte é o sistema de transporte. Trens e metrôs são opção viável diante de ruas fechadas e faixas exclusivas para oficiais dos Jogos que prometem congestionar a cidade -hoje começa, de forma completa, a operação de trânsito do evento.

Foi investido o equivalente a R$ 20 bilhões em melhorias no metrô e em um novo trem para o Parque Olímpico, onde se chega em sete minutos de uma estação central.

"Podemos esperar sobrecarga de pessoas. Mas vai funcionar", afirmou Greening. No metrô e nos trens, o visitante passará a se sentir mais vigiado. Há câmeras em vagões e estações, além de pedidos para se denunciar ameaças. Deixar a bolsa solta pode significar a destruição dela, diz o alerta.

Quando se chega ao Parque Olímpico, é hora de passar por revista similar à de aeroportos. Controlando a entrada, militares que estiveram no Afeganistão. São simpáticos, mas nem sempre sabem operar o raio-x -seguranças privados deveriam estar ali.

"Haverá filas. Mas serão administráveis", defendeu o diretor do Comitê Organizador, Paulo Deighton.

Passada a última barreira, enfim, o visitante só tem que seguir a orientações de um dos 70 mil voluntários para achar seu lugar no estádio.

Mas, lá dentro, é melhor se comportar. Há atiradores de elite da Scotland Yard de olho em torcedores ameaçadores. (RODRIGO MATTOS)

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