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Seleções 'esnobam' técnicos espanhóis

2014
Das 53 equipes que disputam as eliminatórias europeias, só a Fúria tem treinador nascido na Espanha

RAFAEL REIS
DE SÃO PAULO

A Espanha conseguiu afastar o estigma de seleção perdedora que tanto a atormentava, conquistou o inédito título mundial, venceu duas Eurocopas consecutivas e ganhou admiração e o rótulo de futebol bonito e vencedor.

O sucesso dentro campo, porém, não foi suficiente para dar prestígio aos técnicos espanhóis e transformá-los em peças de exportação.

Nas eliminatórias europeias da Copa de 2014, que começam hoje, Vicente del Bosque, comandante da Fúria, é o único treinador espanhol -e isso ocorre em um cenário mais aberto à integração de técnicos estrangeiros.

Mais de 30% das seleções que iniciam hoje a disputa pelas 13 vagas do Velho Continente no Mundial de 2014 entregaram a missão para técnicos de outros países.
Das 53 equipes inscritas no classificatório europeu, 16 delas serão comandadas por profissionais com outra nacionalidade.

Os treinadores estrangeiros são oriundos de nove países diferentes. Nenhum deles é de outro continente.

A Itália, escola mais vencedora da Europa, com quatro títulos mundiais, é a recordista de técnicos: seis.

A lista inclui Cesare Prandelli, fortalecido no comando da Azzurra depois de ser vice-campeão da Eurocopa deste ano com uma desacreditada equipe, e os muito rodados Giovanni Trapatonni, 73, comandante da Irlanda, e Fabio Capello, 66, ex-Inglaterra e agora na Rússia.

Albânia, Malta e San Marino também aderiram a profissionais do país do calcio.
A Alemanha e a República Tcheca conseguiram emplacar três treinadores cada uma na competição.

Até países que conseguem "exportar" técnicos recorrem à "mão de obra" estrangeira. A Suíça é dirigida pelo alemão, Ottmar Hitzfeld. Por outro lado, Áustria e Liechtenstein têm comandantes suíços.

Dinamarca, Grécia, Hungria, Portugal e Suécia são outros países que tiveram êxito onde os donos do melhor futebol do mundo não têm: representantes nos bancos dos seus adversários.

A baixa demanda por técnicos espanhóis mostra que o sucesso do estilo de jogo do país, baseado em passes curtos, é creditado mais aos jogadores de técnica aprimorada do que aos responsáveis por armar as equipes.

Pep Guardiola, mentor do Barcelona que virou a sensação dos últimos anos, é a exceção, mas optou por tirar férias antes de aceitar um novo trabalho no futebol.

Também pode-se observar o baixo número de espanhóis nos clubes europeus. Nas quatro maiores ligas nacionais, excluindo a espanhola, há só Roberto Martínez, do nanico inglês Wigan.

Técnicos que conseguiram romper a barreira do país durante a carreira, como Javier Clemente (ex-Camarões, Sérvia e Irã) e Rafa Benítez (ex-Liverpool e Inter de Milão) estão desempregados.

NA TV
Alemanha x Ilhas Faröe
15h45 ESPN Brasil e Esporte Interativo

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