Índice geral Esporte
Esporte
Texto Anterior | Próximo Texto | Índice | Comunicar Erros

Após recusa, clube pena por patrocínio

CORINTHIANS Anúncio máster na camisa já rendeu calote à equipe, que agora negocia com empresa japonesa

EDUARDO OHATA
LUCAS REIS
DE SÃO PAULO

Definir um patrocinador máster tem sido a maior saga do Corinthians em 2012.

Após recusar R$ 28 milhões anuais e até levar calote, o clube agora negocia com uma empresa japonesa que, por R$ 8 milhões, quer estampar sua marca na camisa alvinegra na reta final do Brasileiro e no Mundial de Clubes.

Na empolgação pelo título da Libertadores, o Corinthians sonhava com até R$ 50 milhões por temporada. Quando se encerrou o acordo com a Hypermarcas, no final de abril, o banco BMG ofereceu R$ 28 milhões anuais -proporcionalmente, R$ 18 milhões até o fim do ano.

O clube recusou. Adotou patrocínios pontuais na segunda fase da Libertadores, como Iveco e Magazine Luiza, e lucrou R$ 7,2 milhões.

Após ceder espaço a entidades beneficentes em oito jogos -para possível contrapartida social referente ao terreno do Itaquerão, conforme revelou a Folha-, o clube fechou negócio com uma empresa chamada Apito Promocional, que oferecia pacotes corporativos para o Mundial de Clubes do Japão.

O acordo de cerca de R$ 1,5 milhão serviria para sete jogos. Mas a empresa pagou duas parcelas, atrasou a terceira, e o presidente Mário Gobbi ordenou que a logo fosse tirado da camisa contra o Sport, no domingo passado.

Agora, segundo apurou a reportagem, o clube negocia com uma empresa japonesa de produtos eletrônicos -a única que poderia estampar sua marca no Mundial, pois a Fifa permite apenas o patrocínio master durante o torneio, e somente no peito.

Fisk, que paga R$ 10 milhões anuais pela barra da camisa, e TIM, R$ 2 milhões por ano por anúncio dentro do número, não aparecerão nos dois jogos do time na Ásia.

De acordo com balanço do próprio clube, o Corinthians arrecadou R$ 19,4 milhões em patrocínios e publicidades entre janeiro e julho -o número não contempla apenas patrocínios de camisa.

Dentro do Corinthians, sobram críticas ao departamento de marketing pela demora em formalizar um parceiro, como já fizeram os rivais.

Palmeiras, São Paulo e Santos lucram, respectivamente, R$ 25 milhões, R$ 23 milhões e R$ 20 milhões/ano com Kia, Semp Toshiba e BMG. A Hypermarcas, parceira do Corinthians nas duas últimas temporadas, pagava cerca de R$ 28 milhões por ano -outros cerca de R$ 12 milhões iam para Ronaldo.

O Corinthians argumenta que o aumento dos ganhos com direitos de TV, os lucros com bilheteria (R$ 25,5 milhões entre janeiro e julho) e os acordos pontuais geraram uma gordura financeira que lhe dá "tranquilidade" para definir o novo patrocinador.

Em 2011, o clube arrecadou R$ 112,4 milhões em direitos de TV. Nos primeiros sete meses de 2012, os ganhos ultrapassaram R$ 114 milhões.

Ontem, em Recife, estampou campanha para aumentar o número de sócios.

Texto Anterior | Próximo Texto | Índice | Comunicar Erros


Copyright Empresa Folha da Manhã S/A. Todos os direitos reservados. É proibida a reprodução do conteúdo desta página em qualquer meio de comunicação, eletrônico ou impresso, sem autorização escrita da Folhapress.