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Técnico do milagre do Flu receita união e foco ao Palmeiras

SÉRIE A
Hoje comandante do Atlético-MG, Cuca liderou cariocas em arrancada de 2009 contra a queda

DE SÃO PAULO

"Chegou uma hora em que, se perdêssemos um jogo, já era. A única coisa que dizia era: 'Não vamos cair hoje'."

Pensar em uma partida por vez, parar de fazer contas e não se preocupar com os resultados dos adversários é a maior dica que Cuca, técnico do Atlético-MG, vice-líder do Brasileiro, dá ao Palmeiras.

Foi ele quem liderou o Fluminense na maior arrancada de um time para se livrar do descenso na era dos pontos corridos, no Nacional-2009.

A equipe carioca chegou a ser considerada rebaixada pelos matemáticos antes de emendar 11 rodadas sem perder e seis vitórias consecutivas para continuar na elite.

Já com a reação iniciada, o time que tinha Fred e Conca como destaques era o lanterna na 32ª rodada, com só 30 pontos ganhos e a cinco de quem estava fora da zona de rebaixamento -a desvantagem para o Coritiba, que foi rebaixado no seu lugar, era ainda maior: oito pontos.

O Palmeiras, no mesmo momento do campeonato, está em situação melhor. Tem 32 pontos, quatro a menos que o Bahia, o primeiro clube fora da degola.

"Só quem viveu aquilo sabe o que a gente passou. Aquela vibração, com todo mundo ajoelhado no vestiário porque não tinha mais forças para ficar em pé", conta.

É esse clima de entrega total dos jogadores que Cuca diz que Gilson Kleina precisa replicar no Palmeiras para fazer com que ele fique na Série A. A hora, segundo o treinador, é favorável para isso.

"Por incrível que pareça, é neste momento que os atletas ficam mais comprometidos e que fica mais fácil mobilizar o grupo. Quando a situação é boa, todo mundo dá uma relaxada", afirma.

Esse ambiente de união defendido já pôde ser visto nas últimas partidas do Palmeiras. Os jogadores têm entrado em campo de mãos dadas, conversado durante os jogos e comemorado cada vitória como se fosse um título.

Nem isso, porém, foi suficiente para evitar a eliminação na Sul-Americana. Uma queda que, segundo Mariano, ex-lateral direito do Fluminense, hoje no Bordeaux, pode causar danos.

O time do Rio, que lutou até a última rodada contra o descenso, também foi até o fim no outro torneio e perdeu da equatoriana LDU na final.

"A Sul-Americana era nosso refúgio. Lá, não enfrentávamos nenhum tipo de pressão. Aí ganhávamos as partidas, pegávamos confiança e levávamos esse sentimento positivo para o Brasileiro", completou. (RAFAEL REIS)

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