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SS pode deixar área degradada do centro de SP
DA REPORTAGEM LOCAL
Sem condições de atender a
demanda de interesse, os organizadores da São Silvestre esperam, em 2002, viabilizar a largada da prova em outro local.
A mudança tiraria do percurso as áreas degradadas do centro e colocaria Ibirapuera e Jardins, bairros nobres da cidade.
Neste ano, 15 mil atletas disputariam a prova masculina e
2.000 corredoras participariam
da disputa feminina.
"A Paulista não comporta
mais que 15 mil atletas. Queremos ter até 30 mil pessoas na
festa", diz Júlio Deodoro, coordenador-geral da São Silvestre,
que fará reunião com a CET
(Companhia de Engenharia de
Tráfego) para discutir o tema.
Com a alteração, a largada seria nas ruas Vergueiro e Domingos de Moraes, na Vila Mariana (zona sul da cidade).
Dois percursos estão sendo
estudados. Um deles desceria
até a avenida Jabaquara e passaria pelo Ibirapuera e Jardins
antes de chegar à Paulista.
Outro caminho seria percorrer a rua Vergueiro no sentido
centro. A prova ainda teria a
subida da avenida Brigadeiro
Luís Antônio até a chegada em
frente ao prédio da Gazeta.
Apesar de apontar razões técnicas, Deodoro não esconde
que a alteração melhoraria o
cenário da prova, evitando regiões como a da cracolândia.
""Há sujeira e crianças de rua
no centro. Nos primeiros anos
da corrida, o local era bonito.
Agora está muito feio", afirma.
Para Deodoro, o percurso
que engloba Pátio do Colégio,
Liberdade e Vila Mariana seria
mais ""turístico". ""Há mais
pontos históricos da cidade."
Já a alternativa pelo Ibirapuera e Jardins seria mais nobre.
""Há muitas árvores. Esse trajeto seria uma belezura."
Para o diretor de esportes da
Rede Globo, Luiz Fernando Lima, a mudança teria de ser
aprovada pela TV, afinal, a
transmissão exige bom sinal
para as antenas de microondas.
""Em alguns trechos da cidade, esse sinal é ruim. Temos de
ser consultados", contou Lima.
De qualquer forma, ele aprova uma mudança que melhore
a paisagem da competição.
""Quanto mais interessante
visualmente, melhor. A prova
tem sua tradição, mas já mudou de percurso várias vezes.
Por que não outra mudança?"
Para viabilizar a idéia, a CET
fará um estudo das alterações
no trânsito. Além disso, será
preciso o aval da PM e da
SPTrans (São Paulo Transporte, órgão responsável pelo
transporte coletivo).
"Vamos ver se as vias utilizadas têm alternativas para o
trânsito fluir", diz Wlamir da
Costa, supervisor de área da
CET e responsável pela região
da Paulista.
(ALF E RB)
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