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BOXE
Pugilista explica ter gastos com treinamentos, salários, taxas e auxílio a alunos, apesar de receber as bolsas em dólar
Ministro põe Popó na fila de benefícios
EDUARDO OHATA
DA REPORTAGEM LOCAL
O ministro do Esporte, Agnelo
Queiroz, reuniu-se ontem com
Acelino Freitas, o Popó, 27, durante duas horas em Brasília, e informou que o incluirá na lista de
atletas que serão beneficiados pela política de patrocínio em discussão no Governo Federal.
O campeão unificado dos superpenas pela AMB (Associação
Mundial de Boxe) e OMB (Organização Mundial de Boxe) reclamou na semana passada da falta
de patrocínio e também do fato de
a proposta de organizar uma de
suas lutas no Brasil no final de
2002 não ter gerado interesse.
Popó conta com o patrocínio
não-financeiro da fábrica de material esportivo americana Everlast, que fornece equipamento.
Ele levou o assunto ao ministro.
O baiano chegou a ameaçar se
naturalizar norte-americano, pois
havia recebido ofertas para isso
no início de sua carreira.
O advogado de Popó, Antonio
Garrido, e o promotor de suas lutas, o americano Arthur Pelullo,
em consultas posteriores, afirmaram que o brasileiro não havia
conversado com nenhum deles
sobre esse tema recentemente.
A equipe de Popó afirma agora
que ele teria ""se expressado mal".
""Em nenhum momento disse
que ia me naturalizar. Só quis
mostrar que há outros países que
dão valor para mim", justifica ele.
Popó afirma ter muitos gastos
com a preparação para os seus
combates, com o pagamento de
taxas às entidades que dirigem o
pugilismo internacional e com
ajuda de custo aos alunos de sua
academia, a Popó Mão de Pedra.
""Pago o salário dos treinadores,
o aluguel da casa [que serve de base para os treinos", de um carro,
gasto com os sparrings [parceiros
de treino". Além disso é da minha
bolsa que sai o pagamento das taxas à AMB e à OMB [3% das bolsas do lutador"", enumera Popó.
""Já ajudo os meninos que treinam em minha academia, mas
poderia ajudar ainda mais caso tivesse mais ajuda", conclui ele.
As bolsas do boxeador baiano
atingem a marca das centenas de
milhares de dólares, mais os direitos de exibição para o Brasil, mas
suas apresentações são infrequentes. No ano passado, fez apenas dois combates, contra o cubano Joel Casamayor e contra o desafiante nigeriano Daniel Attah.
Popó, que está invicto com 32
vitórias e 29 nocautes, defende os
seus cinturões no dia 15 de março,
nos EUA, contra Gabe Ruelas.
Caso consiga patrocínio via o
ministério, o lutador prometeu
doar a primeira cota de seu patrocínio ao programa Fome Zero.
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