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PINGUE-PONGUE
Diego afaga CBF e afirma que Leão é seu ídolo
FAUSTO SIQUEIRA
DA AGÊNCIA FOLHA, EM SANTOS
Diplomático, o meia-atacante Diego, 18, pivô da crise provocada pelo fracasso da seleção
sub-23, afaga os dois lados que
trocaram chumbo verbal durante e após o desastre brasileiro no Pré-Olímpico do Chile.
Para o astro santista, o técnico Emerson Leão, inimigo da
cúpula da CBF, "é um ídolo".
Dos integrantes da entidade e
da seleção diz não ter ressentimentos. "Todos são pessoas
amigas também."
Ele afirma não acreditar em
punição que resulte em exclusão das próximas convocações,
embora, na avaliação interna
do desempenho da sub-23, tenha sido apontado como um
dos responsáveis pela eliminação. "Jamais. Não fui o primeiro jogador nem essa foi a primeira equipe que passaram
por essas dificuldades."
Agência Folha - O que acha da
defesa que Leão fez de você no
episódio da seleção?
Diego - Já conversei com o
Leão em particular, demonstrei todo o meu sentimento por
ele e o que senti com toda a situação. Acho que isso é um assunto particular. Você sempre
espera de uma pessoa como o
Leão uma atitude boa, de amigo. Sempre confiei nele.
Agência Folha - Ele falou o que
você gostaria de dizer e não pôde pela condição de jogador?
Diego - O que eu tinha de dizer eu disse. Não guardei mágoa de ninguém da CBF, de
ninguém da imprensa, acho
que isso é completamente normal na nossa profissão. Todos
com quem me relacionei na seleção foram pessoas amigas.
Então, é uma página virada.
Tenho de esquecer porque só
vai me atrapalhar no Santos.
Agência Folha - Só vai falar de
seleção na próxima convocação?
Diego - Se Deus quiser. É o
meu objetivo, ainda é a minha
motivação. Entro em campo
pensando em conseguir grandes vitórias e títulos pelo Santos para voltar para a seleção.
Agência Folha - Você não tem
receio de não ser chamado por
causa da campanha no Chile?
Diego - Não, não, jamais. Não
fui o primeiro jogador nem essa foi a primeira equipe que
passaram por essas dificuldades, de eliminação de um Pré-Olímpico, de perder Olimpíadas, de perder Copa do Mundo.
Isso acontece com quem joga
futebol, faz parte da carreira. É
decepcionante, triste, deixa
marcado -mais que uma vitória, talvez-, mas é superável.
Agência Folha - Como é a relação dos novatos com o Leão? Ele
é mais que um técnico?
Diego - Sem dúvida, por tudo
o que fez pelo futebol, pelo que
passou na vida, é um exemplo,
um ídolo que temos de seguir,
assim como outros jogadores
mais experientes com quem tive a oportunidade de conviver.
Agência Folha - Mas a ascendência dele sobre vocês chega à
vida particular? Conversam sobre assuntos pessoais?
Diego - Se necessário, sim.
Coisas particulares que influenciam dentro de campo,
sem dúvida, temos de conversar, até porque o importante é
sempre o grupo estar bem.
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