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Santistas vêem desafios pessoais
DA AGÊNCIA FOLHA, EM SANTOS
Cada um dos integrantes do trio
ofensivo do Santos se colocará
diante de um desafio particular
no clássico de hoje, às 17h.
Crucificado pelo fracasso da seleção sub-23 no Pré-Olímpico,
Diego terá a primeira oportunidade de demonstrar em campo que
não se abateu com o episódio.
O atacante Robson, apelidado
"Robgol", ainda não conseguiu
marcar, após três partidas com a
camisa do Santos. O outro atacante, Robinho, pretende comemorar com vitória o 100º jogo como
profissional que completará hoje.
Embora o técnico Emerson
Leão afirme que o jogador não
tem mais nada a provar, recaem
sobre Diego as expectativas santistas para o clássico. Desde a derrota por 1 a 0 para a seleção paraguaia, no Chile, ele não atua. Voltou com um problema muscular,
ganhou dois dias de folga e, desde
então, não parou de receber manifestações de apoio da torcida.
Na Vila Belmiro, mesmo ausente na goleada de 4 a 0 sobre o Mogi
Mirim, na quarta-feira, era o principal tema das várias faixas estendidas nas arquibancadas.
Para deixar o CT Rei Pelé no final da tarde de anteontem, teve de
se desvencilhar do assédio dos fãs.
"Valeu, irmão", "obrigado pela
força", "valeu pelo apoio" eram as
frases que repetia. "Foi um carinho muito grande da torcida, e
vou me esforçar ao máximo para
retribuir em campo", disse Diego.
Dos companheiros de equipe, o
meia-atacante também recebeu
solidariedade. "Podem falar o que
quiser. Aqui, trabalhamos de boca fechada", disse o lateral Léo.
Além de recompensar os torcedores, Diego quer contribuir para
quebrar o jejum de gols de Robson, 33. "Espero poder fazer as assistências para ele marcar."
Para o veterano atacante, que já
defendeu Náutico, Inter-RS,
América-MG, ABC, Botafogo-RJ,
Santa Cruz, Bahia, Paysandu e Oita Trinita (Japão), não é novidade
passar por um período de entressafra. Segundo ele, isso aconteceu
na maioria das equipes. "Na minha passagem pelo Bahia, por
exemplo, só vim a marcar no
quarto jogo. Espero que isso agora se repita", afirmou.
Com o time completo e de posse
da condição de favorito, o técnico
Emerson Leão tratou de minimizar entre os atletas os elogios do
técnico palmeirense, Jair Picerni,
e de jogadores rivais, como o goleiro Marcos. "O Santos não é nenhum bicho-papão, e o Palmeiras
tem condições de vencer. Vamos
ter de correr atrás."
Para isso, o treinador contará
no banco de reservas com o meia-atacante Lopes, cedido gratuitamente por empréstimo pelo próprio Palmeiras, após decepcionante passagem pelo Fluminense.
Além de consolidar a liderança do
grupo, o treinador quer o triunfo
a fim de viajar sem estresse para a
Bolívia. Atual vice-campeão da
competição, o Santos estreará na
Libertadores na quinta, contra o
Jorge Wilsterman.
(FS)
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