São Paulo, domingo, 01 de fevereiro de 2004

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Santistas vêem desafios pessoais

DA AGÊNCIA FOLHA, EM SANTOS

Cada um dos integrantes do trio ofensivo do Santos se colocará diante de um desafio particular no clássico de hoje, às 17h.
Crucificado pelo fracasso da seleção sub-23 no Pré-Olímpico, Diego terá a primeira oportunidade de demonstrar em campo que não se abateu com o episódio.
O atacante Robson, apelidado "Robgol", ainda não conseguiu marcar, após três partidas com a camisa do Santos. O outro atacante, Robinho, pretende comemorar com vitória o 100º jogo como profissional que completará hoje.
Embora o técnico Emerson Leão afirme que o jogador não tem mais nada a provar, recaem sobre Diego as expectativas santistas para o clássico. Desde a derrota por 1 a 0 para a seleção paraguaia, no Chile, ele não atua. Voltou com um problema muscular, ganhou dois dias de folga e, desde então, não parou de receber manifestações de apoio da torcida.
Na Vila Belmiro, mesmo ausente na goleada de 4 a 0 sobre o Mogi Mirim, na quarta-feira, era o principal tema das várias faixas estendidas nas arquibancadas.
Para deixar o CT Rei Pelé no final da tarde de anteontem, teve de se desvencilhar do assédio dos fãs. "Valeu, irmão", "obrigado pela força", "valeu pelo apoio" eram as frases que repetia. "Foi um carinho muito grande da torcida, e vou me esforçar ao máximo para retribuir em campo", disse Diego.
Dos companheiros de equipe, o meia-atacante também recebeu solidariedade. "Podem falar o que quiser. Aqui, trabalhamos de boca fechada", disse o lateral Léo. Além de recompensar os torcedores, Diego quer contribuir para quebrar o jejum de gols de Robson, 33. "Espero poder fazer as assistências para ele marcar."
Para o veterano atacante, que já defendeu Náutico, Inter-RS, América-MG, ABC, Botafogo-RJ, Santa Cruz, Bahia, Paysandu e Oita Trinita (Japão), não é novidade passar por um período de entressafra. Segundo ele, isso aconteceu na maioria das equipes. "Na minha passagem pelo Bahia, por exemplo, só vim a marcar no quarto jogo. Espero que isso agora se repita", afirmou.
Com o time completo e de posse da condição de favorito, o técnico Emerson Leão tratou de minimizar entre os atletas os elogios do técnico palmeirense, Jair Picerni, e de jogadores rivais, como o goleiro Marcos. "O Santos não é nenhum bicho-papão, e o Palmeiras tem condições de vencer. Vamos ter de correr atrás."
Para isso, o treinador contará no banco de reservas com o meia-atacante Lopes, cedido gratuitamente por empréstimo pelo próprio Palmeiras, após decepcionante passagem pelo Fluminense. Além de consolidar a liderança do grupo, o treinador quer o triunfo a fim de viajar sem estresse para a Bolívia. Atual vice-campeão da competição, o Santos estreará na Libertadores na quinta, contra o Jorge Wilsterman. (FS)


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