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Ministério Público acusa médico
e dirigente pela morte de Serginho
DA REPORTAGEM LOCAL
Nairo Ferreira de Souza e Paulo
Forte, presidente e médico do São
Caetano suspensos pelo STJD pela morte do zagueiro Serginho, foram acusados ontem na Justiça
comum pelo mesmo motivo. Se
condenados, estarão sujeitos a penas entre 12 e 30 anos de reclusão.
Rogério Leão Zagallo, promotor
responsável pelo caso Serginho,
entende que omissão dos dois
causou a morte do jogador. Ele
ainda tenta qualificar o crime por
motivo torpe, "pois mandavam
para o campo um atleta condenado pela medicina, usufruindo de
seu desempenho". Se a tese emplacar, o delito passará a ser um
crime hediondo, cujos condenados perdem benefícios no cumprimento da pena.
A denúncia será examinada pelo juiz Cassiano Ricardo Zorzi Rocha, que volta de férias hoje. Se
aceitá-la, ele decidirá depois se o
caso irá para júri popular, se será
julgado por uma vara criminal ou
se arquivará a acusação.
"O promotor exagerou nas tintas. Estranho ele não considerar a
atitude dos médicos do Incor tão
omissiva quanto à do ortopedista
do São Caetano", disse Luiz Cláudio Mariz, advogado de Forte.
Já o advogado de Nairo, Luiz
Pacheco, disse que falará após o
juiz apreciar a denúncia.
Serginho morreu aos 30 anos no
dia 27 de outubro de 2004 após
uma parada cardiorrespiratória
no jogo contra o São Paulo, no
Morumbi, pelo Brasileiro. Segundo o atestado de óbito, ele morreu
por conta de um edema pulmonar e hipertrofia miocárdica.
Exames feitos no Incor, em fevereiro de 2004, diagnosticaram
que Serginho tinha arritmia cardíaca. Segundo prontuário médico assinado por Edimar Bocchi,
Forte e Serginho foram alertados
para que o atleta parasse de jogar
bola sob o risco de morte -versão contestada pelos acusados.
(KLEBER TOMAZ E LUÍS FERRARI)
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