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AUTOMOBILISMO
Doze entidades assistenciais do Paraná estão sendo beneficiadas pelas atuações do piloto da Indy
André Ribeiro lança "corrida solidária'
FLÁVIO ARANTES
da Agência Folha, em Curitiba
Nas provas do Campeonato da
Indy, centenas de pessoas carentes
atendidas por 12 instituições assistenciais do Paraná estão engrossando a torcida do piloto brasileiro André Ribeiro.
É uma torcida muito mais pela
necessidade do que pelo sentimento de nacionalidade.
Estas instituições foram selecionadas pelo piloto para participar
da "Corrida Solidária". Em parceria com uma rede de supermercados de Curitiba, Ribeiro vai doar a
estas entidades assistenciais R$
500 em alimentos por cada ponto
conquistado na temporada. Até o
momento foram quatro.
Segundo a assessoria de Ribeiro,
a idéia da campanha "Corrida Solidária" foi do próprio piloto, que
também teve a iniciativa de procurar a rede de supermercados.
No ambiente caro do automobilismo, onde a preocupação da
maioria não vai além do desempenho do seu carro, Ribeiro diz que
se sente no dever de se comprometer com as questões sociais.
No discurso do piloto no lançamento da campanha, ele disse não
temer que sua iniciativa seja vista
como uma ação de marketing.
"Várias vezes fui convidado para
participar de ações beneficentes
nos Estados Unidos, e percebi que
minha participação podia ser usada em benefício de outras pessoas.
Então pensei: moro num país
muito mais necessitado, e está na
hora de mudar meu foco", disse.
Num segundo momento, o piloto quer que o projeto cresça, beneficiando entidades assistenciais de
todo o país.
Para cada prova do calendário
de 98, o piloto estabeleceu um valor mínimo de R$ 2.500 para distribuir entre as entidades. Ou seja,
caso ele não pontue ou marque
menos de cinco pontos por prova,
as entidades ainda assim vão receber em alimentos o equivalente à
cota de cinco pontos.
Na temporada do ano passado,
Ribeiro terminou em 14º, marcando apenas 45 pontos. Para o piloto, no entanto, seu desempenho
no ano foi atípico. O brasileiro
correu pela Tasman e teve problemas com o chassi Lola.
Este ano, as chances de Ribeiro
marcar mais de cinco pontos por
prova são grandes.
O piloto corre pela Penske, equipe de ponta da Indy, detentora de
nove títulos e recorde de 99 vitórias -dez delas nas 500 Milhas de
Indianápolis, uma das mais tradicionais provas do automobilismo
mundial.
A Indy também distribui mais
pontos do que a F-1, onde só os
seis primeiros pontuam, com o
primeiro marcando 10 pontos e o
sexto, um. Na Indy, o primeiro colocado recebe 20 pontos e a pontuação vai até a 12ª colocação.
O pole-position e o piloto que liderar o maior número de provas
recebem ainda um ponto extra.
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