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São Paulo, quinta-feira, 01 de maio de 2003

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FUTEBOL

Na Libertadores, time tenta evitar que River siga receita usada por rivais brasileiros e explore setor esquerdo da defesa

Corinthians teme seu lado mais poderoso

RICARDO PERRONE
DA REPORTAGEM LOCAL

Pergunte ao técnico Manuel Pel-legrini qual é a maior preocupação do River Plate na partida contra o Corinthians, hoje, às 15h30, em Buenos Aires. A resposta será curta: o lado esquerdo.
Os corintianos respondem o mesmo quando questionados sobre qual setor do próprio time que mais pode lhes trazer problemas no primeiro confronto pelas oitavas-de-final da Taça Libertadores.
A equipe de Geninho teme que o River siga a receita usada com sucesso por seus últimos rivais no Brasileiro e aproveite os espaços deixados pelos avanços de Kléber e pelo furor ofensivo de Gil.
Curiosamente, os corintianos se assustam com o lado considerado o mais poderoso do time. As jogadas pela esquerda viraram motivo de orgulho e foram usadas com frequência nas conquistas do Rio-SP e da Copa do Brasil em 2002.
Em 2003, o setor canhoto passou a ser ainda mais badalado com a chegada de Jorge Wagner.
Porém, em suas últimas partidas pelo Nacional, esse lado serviu de caminho para os gols dos adversários. Athirson marcou o gol do Flamengo no empate em 1 a 1 após rebote de conclusão feita pela esquerda da defesa.
No empate por 2 a 2 com o Vasco, os dois pênaltis do time de Marcelinho, que viu Doni defender uma das cobranças, aconteceram em jogadas pelo lado esquerdo da área corintiana. Nas duas vezes, o zagueiro Anderson derrubou o lateral-direito Russo.
Anderson, que joga pela esquerda da defesa, é quem mais sofre com a estratégia dos adversários de jogar por esse setor. Na derrota para o Internacional, ele foi o corintiano que mais fez faltas.
Segundo o Datafolha, com uma média de 21,2 bolas roubadas por jogo, ele é o atleta do time que mais desarma no Brasileiro. Fábio Luciano, seu companheiro de zaga, faz 12,7 desarmes por partida.
Criticado pela torcida pelos pênaltis, Anderson se diz sobrecarregado. "Mesmo quando o jogo não é difícil, estou saindo muito desgastado de campo", reclamou.
Uma das explicações para Anderson ter de correr tanto para marcar é o costume de seus colegas de passarem a bola para Kléber atacar. O lateral é o mais acionado do time, com 43 bolas recebidas por confronto.
Anderson tem esperança de não sofrer tanto hoje por causa da mudança que Geninho decidiu fazer no time. O atacante Leandro dará lugar ao volante Cocito. "Teremos mais um jogador perto da zaga. Isso vai me ajudar muito na marcação", disse o zagueiro.


NA TV - Globo, ao vivo, às 15h30, só para SP


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