DA REPORTAGEM LOCAL

A partida de hoje será a primeira entre River Plate e Corinthians pela Libertadores. Os dois times só se enfrentaram em jogos amistosos e em torneios pequenos.
Mas isso não significa que o confronto não seja cercado de rivalidade. Pelo contrário, parece que os dois clubes estão acostumados a duelar em decisões.
Nos últimos dias não faltaram provocações. O zagueiro Ameli, ex-jogador do São Paulo, afirmou que falta tradição internacional ao Corinthians, que busca o seu primeiro título na Libertadores, mas que foi campeão do Mundial de Clubes da Fifa, em 2000.
"Se ele falou que falta tradição ao nosso time, vai ter que provar isso em campo. Não adianta falar e não passar pelo Corinthians", respondeu Geninho.
O treinador chileno do River Plate não se preocupou em evitar polêmica. Manuel Pellegrini afirmou que seu clube é favorito para chegar às quartas-de-final e ainda fez críticas ao rival brasileiro.
"O Corinthians tem um ataque perigoso, mas tem dificuldades atrás", declarou ele ao site oficial do clube argentino.
Já o atacante Gil apimentou o confronto dizendo que o time paulista precisa transformar o River Plate em "freguês" nos dois confrontos pelas oitavas-de-final.
"Se vencermos as duas partidas, os outros times vão nos respeitar ainda mais", afirmou o atacante.
Até hoje, os corintianos perderam mais do que ganharam do River. Foram oito jogos, com quatro vitórias dos argentinos, três dos brasileiros e um empate.
Além do início de uma rivalidade, o jogo de hoje pode provocar uma mudança no relacionamento dos dois técnicos com os torcedores de suas equipes.
Geninho tem sido poupado pela torcida nos tropeços no Brasileiro por ter classificado o time na primeira posição na fase inicial da Libertadores. Uma derrota que complique a vaga deverá fazer com que perca esse respaldo.
No River, Pellegrini ainda é criticado pelos fãs da equipe, apesar de liderar o Campeonato Argentino. Se passar pelo Corinthians, pode ganhar o respeito deles.
Em comum, os dois têm o fato de possuírem diploma universitário. Geninho é advogado, e Pellegrini, engenheiro. (RP)


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