DA REPORTAGEM LOCAL

A relação turbulenta entre o capitão Zinho e o técnico Jair Picerni teve um desfecho ontem. O jogador disse que se reuniria com o presidente do Palmeiras, Mustafá Contursi, para revelar que não trabalha mais com o treinador.
A gota d'água foi a declaração de Picerni desconfiando da gravidade da lesão que afastou o atleta da delegação em Salvador.
"Essa declaração é ridícula. Foi ele que não quis me levar para o jogo. Era uma dor muscular, e eu poderia jogar normalmente, só fiquei de fora do treino. Ele é o único culpado", acusou o meia.
O veterano jogador só não entrou na lista de dispensados da última semana porque tem uma multa rescisória alta com o clube. Ele saindo não há multa.
As diferenças entre Zinho e Picerni eram evidentes, começando pelo estilo lento e de passes laterais, contrário à correria e ao jogo vertical preconizado pelo técnico.
Por Picerni, Zinho ficaria no banco desde sempre. Com Pedrinho machucado e Claudecir emprestado, ele voltou a ser titular. Mas não agradou na derrota para o Vitória (7 a 2) e no empate com o Brasiliense (1 a 1).
"O meu relacionamento com o Jair não é bom. Eu sinto que nunca agradei. Ele não é de falar comigo", afirmou. "Há cinco meses estou engolindo um monte de coisas. Não dá mais para seguir aqui", completou o jogador.
Picerni não quis se pronunciar sobre a atitude de Zinho. Já os jogadores tangenciaram o tema. "Pouco posso falar. Eles são adultos", disse Adãozinho. (RB)


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