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Palmeiras perde vaga, mas se diz confiante após virada em Salvador
RODRIGO BERTOLOTTO
DA REPORTAGEM LOCAL
O Palmeiras venceu ontem por
3 a 1, mas ficou longe da goleada
por mais de seis gols que reverteria o vexame por 7 a 2 no Parque
Antarctica, diante do Vitória.
Na soma dos resultados, o time
baiano foi o vencedor por 8 a 5 e
vai enfrentar o Flamengo na próxima fase da Copa do Brasil. Já o
Palmeiras terá de se contentar
com a segunda divisão, competição na qual terá partida contra o
América-RN no sábado.
Com a vitória de ontem, Jair Picerni deve seguir com sua aposta
nos novatos para sair da péssima
fase do time e amenizar a crise interna de custou o corte cinco jogadores (Gustavo, Índio, Everaldo,
Neném e Carlos Castro) e a deserção de mais um (Zinho).
Vágner foi muito bem, marcando dois gols. Outros novatos, como Edmilson, Correa e Fábio Gomes, se destacaram e podem seguir entre os titulares.
No primeiro tempo, a aposta
por um time jovem feita por Jair
Picerni não produziu muito. O time pecava pelo individualismo e
pela falta de entrosamento.
Havia muita vontade, mas pouca objetividade. O lance típico era
Magrão pegar a bola no meio-campo e fazer um lançamento
longo. A bola ficava na zaga.
Na segundo etapa, o time se
acertou mais e conseguiu virar o
jogo, principalmente pela atuação
do júnior Vágner, 18, que, além de
fazer dois gols, deu assistência para outro. Aumentaram as tabelas
e os dribles perto da área.
Outra boa atuação foi a do volante Fábio Gomes, estreando como titular. Ele deu dois chutes de
fora da área, exigendo boas defesas do goleiro Paulo Musse.
O Vitória, vindo de uma derrota
por 3 a 0 diante do Inter-RS pelo
Brasileiro, entrou precavido, bem
fechado e saindo em contra-ataque. Deu certo no primeiro tempo, mas a tática caiu depois. E o
técnico Joel Santana saiu vaiado.
O time baiano abriu o placar aos
29min do primeiro, em um pênalti. Nádson, que havia feito quatro
gols no Parque Antarctica, cobrou
forte, superou Marcos e assumiu
a vice-artilharia da competição,
com oito gols marcados.
No segundo tempo, o Palmeiras
reagiu. Enquanto a torcida do Vitória ironizava com o cartaz com
a frase "Fica Mustafá" (o presidente palmeirense estava nas tribunas), o Palmeiras virou.
Aos 12min, Adãozinho, adaptado como lateral-esquerdo, foi
substituído por Correa e saiu de
campo esbravejando. Mas o time
melhorou muito com Correa. Aos
18min, foi ele que deu o passe para
Vágner tocar entre as pernas do
goleiro baiano e empatar o placar.
Aos 24min, foi a vez de Vágner
dar assistência para Anselmo,
dentro da área, chutar cruzado e
marcar o 2 a 1 para os visitantes.
Mais seis minutos, e o Palmeiras, lutando contra o relógio, fez
mais. E Vágner fez mais. A jogada
foi toda pessoal. Ele driblou três
jogadores e tocou bem no canto.
A sequência de gols parou por
aí. O Palmeiras teve ainda um pênalti em Vágner não assinalado
pelo juiz Álvaro Quelhas. Edmilson e Anselmo erraram outras finalizações, e o time ficou sem a
vaga, mas recuperou parte de sua
dignidade perdida em São Paulo.
"Trabalhamos atrás dos gols, e
eles vieram. Recuperamos a auto-confiança", disse Vágner.
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