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São Paulo, quinta-feira, 01 de maio de 2003

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Palmeiras perde vaga, mas se diz confiante após virada em Salvador

RODRIGO BERTOLOTTO
DA REPORTAGEM LOCAL

O Palmeiras venceu ontem por 3 a 1, mas ficou longe da goleada por mais de seis gols que reverteria o vexame por 7 a 2 no Parque Antarctica, diante do Vitória.
Na soma dos resultados, o time baiano foi o vencedor por 8 a 5 e vai enfrentar o Flamengo na próxima fase da Copa do Brasil. Já o Palmeiras terá de se contentar com a segunda divisão, competição na qual terá partida contra o América-RN no sábado.
Com a vitória de ontem, Jair Picerni deve seguir com sua aposta nos novatos para sair da péssima fase do time e amenizar a crise interna de custou o corte cinco jogadores (Gustavo, Índio, Everaldo, Neném e Carlos Castro) e a deserção de mais um (Zinho).
Vágner foi muito bem, marcando dois gols. Outros novatos, como Edmilson, Correa e Fábio Gomes, se destacaram e podem seguir entre os titulares.
No primeiro tempo, a aposta por um time jovem feita por Jair Picerni não produziu muito. O time pecava pelo individualismo e pela falta de entrosamento.
Havia muita vontade, mas pouca objetividade. O lance típico era Magrão pegar a bola no meio-campo e fazer um lançamento longo. A bola ficava na zaga.
Na segundo etapa, o time se acertou mais e conseguiu virar o jogo, principalmente pela atuação do júnior Vágner, 18, que, além de fazer dois gols, deu assistência para outro. Aumentaram as tabelas e os dribles perto da área.
Outra boa atuação foi a do volante Fábio Gomes, estreando como titular. Ele deu dois chutes de fora da área, exigendo boas defesas do goleiro Paulo Musse.
O Vitória, vindo de uma derrota por 3 a 0 diante do Inter-RS pelo Brasileiro, entrou precavido, bem fechado e saindo em contra-ataque. Deu certo no primeiro tempo, mas a tática caiu depois. E o técnico Joel Santana saiu vaiado.
O time baiano abriu o placar aos 29min do primeiro, em um pênalti. Nádson, que havia feito quatro gols no Parque Antarctica, cobrou forte, superou Marcos e assumiu a vice-artilharia da competição, com oito gols marcados.
No segundo tempo, o Palmeiras reagiu. Enquanto a torcida do Vitória ironizava com o cartaz com a frase "Fica Mustafá" (o presidente palmeirense estava nas tribunas), o Palmeiras virou.
Aos 12min, Adãozinho, adaptado como lateral-esquerdo, foi substituído por Correa e saiu de campo esbravejando. Mas o time melhorou muito com Correa. Aos 18min, foi ele que deu o passe para Vágner tocar entre as pernas do goleiro baiano e empatar o placar.
Aos 24min, foi a vez de Vágner dar assistência para Anselmo, dentro da área, chutar cruzado e marcar o 2 a 1 para os visitantes.
Mais seis minutos, e o Palmeiras, lutando contra o relógio, fez mais. E Vágner fez mais. A jogada foi toda pessoal. Ele driblou três jogadores e tocou bem no canto.
A sequência de gols parou por aí. O Palmeiras teve ainda um pênalti em Vágner não assinalado pelo juiz Álvaro Quelhas. Edmilson e Anselmo erraram outras finalizações, e o time ficou sem a vaga, mas recuperou parte de sua dignidade perdida em São Paulo.
"Trabalhamos atrás dos gols, e eles vieram. Recuperamos a auto-confiança", disse Vágner.


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