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VÔLEI
Contra Banespa, um dos dois visitantes que em dez anos não foi campeão fora, Minas desafia "amarelada" de mandantes
Superliga testa aura de decidir em casa
MARIANA LAJOLO
DA REPORTAGEM LOCAL
Disputar a última partida de
uma decisão em seu ginásio, diante de sua torcida, é o cenário ideal.
A afirmação acima é verdadeira,
mas só se o time não estiver jogando a Superliga masculina.
O Minas entra em quadra hoje,
às 9h45, em Belo Horizonte, em
busca do título e da quebra do que
se tornou praxe no torneio: quem
joga fora de casa leva vantagem.
Na história da Superliga, os gritos da torcida serviram mais de
combustível para os rivais do que
de incentivo para os anfitriões.
Em dez anos, apenas três vezes o
time visitante não voltou para sua
cidade com o troféu nas mãos
(1996, 1997 e 2002).
E são exatamente essas exceções
que preocupam o Banespa, ainda
sem títulos do torneio. Nas duas
últimas vezes que elas aconteceram, foi ele quem viu a comemoração dos donos da casa -em
1996, o Suzano perdeu fora.
"Contamos com a torcida em
todo o campeonato e, nas finais,
ficou provado que jogar no seu ginásio ajuda. Mas, se nós não estamos em casa, eles também não estão", analisa o técnico do Banespa, Mauro Grasso. Na série melhor de cinco, seu time venceu
duas vezes em São Bernardo.
O treinador paulista tem razão.
O Minas mandou a maioria de
seus jogos no ginásio JK. O Mineirinho, palco da final de hoje, lhe é
tão estranho quanto para o rival.
O local, aliás, guarda mais semelhanças com a quadra do ABC do
que com a usada pelos mineiros.
"É complicado se adaptar às dimensões do Mineirinho. Venta lá
dentro, você fica sem ponto de referência, é redondo, grande... É
mais parecido com o de São Bernardo, fator que pode ser positivo
para eles", afirmou o levantador
Marlon, do Minas. "Mas a gente
podia jogar até em barro que não
ia ter problema", completou.
Se a quadra não é "um lar", para
os mineiros jogar em casa será
importante por causa do apoio da
torcida e de amigos e parentes.
Assim como o Banespa, a equipe tem média de idade entre 21 e
22 anos. Mesmo com a pouca experiência do elenco, o time fez
primeira fase arrasadora -terminou na liderança- e despachou o estelar Suzano nos mata-matas. Mas ainda sente momentos de instabilidade.
"Vai ser bom ter esse calor, saber que na arquibancada estão
seus amigos, sua família, torcendo. Isso vai nos ajudar a tentar
executar o que não soubemos fazer fora de casa, sem a força deles", declarou Marlon.
Além de decidir o título, o jogo
de hoje será um divisor de águas
na carreira de um dos mais importantes jogadores do país.
Diante da torcida mineira, o
ponta Nalbert pode fazer seu último jogo na quadra. Após a Superliga, ele segue para areia, onde
planeja estar em Pequim-2008.
Se não arrumar um bom patrocínio e montar estrutura sólida,
no entanto, pode retornar aos ginásios na próxima temporada.
NA TV - Minas x Banespa,
Globo e Cultura, ao vivo, a
partir das 9h45
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