DA REPORTAGEM LOCAL

Mauro Grasso, 41, ostenta um invejável currículo. Estão em sua estante três títulos brasileiros, três sul-americanos e um mundial. Mesmo assim, ainda busca feito inédito hoje.
O técnico do Banespa tenta provar nesta Superliga que não faz sucesso só com as mulheres. Todas as vezes em que levantou troféus fora de São Paulo, nos principais torneios do país e do mundo, estava à frente de uma equipe feminina.
A primeira vez que encarou um time masculino foi em 1996, seu ano de estréia no Banespa. "A mudança foi mais por oportunidade. Voltei da Itália [ficou de 1991 a 1996] por causa de problema de saúde do meu pai . Ou ainda estaria lá."
A adaptação foi rápida. Para Grasso, é mais fácil lidar com homens: "Você resolve o problema diretamente. Com mulher tem de ter mais cuidado".
Do período em que treinava a Sadia, no entanto, guarda ainda o mesmo comportamento.
Grasso é calmo, trata os atletas "mais de pai para filho", como diz, e pouco grita durante as partidas. Várias vezes já foi criticado por pessoas que o julgavam "bonzinho" demais.
"No treino, sim, você pode se surpreender com a minha postura, porque cobro mesmo. Mas no jogo, quanto mais invisível eu for, melhor." (ML)


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