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FUTEBOL
Na contramão da saída de jogadores, artilheiros dos últimos Nacionais têm permanecido ou retornado logo ao país
Brasileiro emperra a exportação de gols
MÁRVIO DOS ANJOS
DA REPORTAGEM LOCAL
Brilhar no Brasileiro sempre pode abrir portas no mercado externo, mas a exportação de goleadores do Brasileiro, curiosamente,
não anda tão bem-sucedida.
Dos três principais artilheiros
do torneio passado, apenas o goleador máximo, Washington, 34
gols, não começou o Nacional. O
matador do vice-campeão Atlético-PR atua pelo Verdy Tóquio.
Os outros seguem no país ou
voltaram depois de experimentarem breves e frustrantes períodos
em clubes do exterior -frutos de
negociações malfeitas ou da não-adaptação à nova realidade.
Os vice-artilheiros Robinho e
Deivid (21 gols cada um) ainda estão no Santos, embora sejam cobiçados por clubes de Espanha e
França. O quarto colocado, Cláudio Pitbull (19), acaba de ser repatriado do Porto pelo Flamengo.
Sem chances no clube português, o ex-gremista realizou um
desejo que outro colega goleador
está perto de concretizar.
Luis Fabiano, também subutilizado no Porto, já costura sua volta
ao Brasil. Está na mira do Corinthians, já que parceira MSI decidiu apontar seus cheques milionários na direção do ex-são-paulino como opção a outra repatriação: a de Vágner Love, que saiu no
meio do último Brasileiro -foi
do Palmeiras para o CSKA (RUS).
Na Gávea, Cláudio Pitbull se
juntará a Obina, que, com 18 gols
pelo Vitória, foi um dos quatro
que dividiram a quinta colocação
da artilharia nacional em 2004.
Obina chegou a sair para o futebol saudita, mas acabou voltando
sem ter ido a campo pelo seu time,
o Al-Ittihad. O clube não pagou o
que devia ao Vitória, e o atacante
ficou impedido de atuar.
O trajeto de Obina é uma história que Dimba, artilheiro do Brasileiro-03, conhece bem. Com os
31 gols pelo Goiás, saiu para o
mesmo Al-Ittihad, mas acabou
retornando à disputa nacional no
ano passado, pelo Flamengo. Na
edição deste ano, Dimba deve estrear no seu novo clube, o São
Caetano, na próxima rodada.
Os quatro Brasileiros do século
21 tiveram cinco goleadores máximos. Desses, só Washington e
Luis Fabiano, que dividiu a artilharia de 2002 com Rodrigo Fabri
(19 gols pelo Grêmio, hoje no
Atlético-MG) não estão no país.
Desses cinco, apenas Romário
(21 gols pelo Vasco, em 2001) não
sai mais. O atacante de 39 anos
deve encerrar a carreira neste ano,
pelo Vasco, e depois deve se dedicar ao futebol de areia.
Já neste ano o veterano estará na
seleção que disputa a Copa do
Mundo da modalidade organizada pela Fifa, que começa no dia 8
de maio, em Copacabana, no Rio.
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