Por causa da gripe suína, clubes do México não têm "casa" para jogar mata-mata

DA REPORTAGEM LOCAL

Um descompasso entre as autoridades sanitárias e futebolísticas colombianas voltou a colocar um ponto de interrogação sobre a próxima fase da Taça Libertadores da América, que começa na terça-feira.
A fase de grupos terminou ontem, com a definição dos rivais dos clubes brasileiros.
Após a Conmebol ter anunciado que as equipes mexicanas classificadas para os mata-matas (Chivas e San Luis de Potosí) mandariam suas partidas em Bogotá, a secretaria de Saúde do município vetou a realização dos confrontos.
"Não se trata de falta de solidariedade com o futebol. Mas com equipes que vêm do México, aí existe um risco altíssimo. Foi uma decisão para preservar a saúde pública", disse Héctor Zambrano, secretário de Saúde da cidade colombiana.
A Conmebol havia anunciado Bogotá como uma solução para o avanço da epidemia de gripe suína, que já matou 12 pessoas no México e inviabilizou jogos no país. Segundo Nestor Benítez, porta-voz da entidade, a decisão foi tomada antes que todas as associações de futebol do continente se pronunciassem sobre o caso.
Agora, a Conmebol -que não havia se manifestado sobre o veto de Bogotá até o fechamento desta edição- terá de buscar outro local para acomodar os confrontos de Chivas e San Luis como mandantes.
Ambos não se opuseram a mandar as partidas fora de seu país, mas reagiram à decisão de formas distintas.
Enquanto o diretor esportivo do Chivas, Mariano Varela, se disse "aliviado" por ter saído de discussão uma possível exclusão da Libertadores, o presidente do San Luis, Eduardo del Villar, ficou descontente.
"Propusemos fazer primeiro o jogo da volta, esperar 15 dias e, então, avaliar novamente se seria possível sermos anfitriões no México", afirmou Del Villar.