|
Texto Anterior | Próximo Texto | Índice
Time de Bielsa terá prêmio "modesto"
DO ENVIADO A FUKUSHIMA
Muito se especulou na imprensa argentina, mas o fato é que a seleção de Marcelo Bielsa tem a promessa de um dos menores prêmios de todas as equipes que disputam a Copa se for campeã.
Enquanto os espanhóis chegaram a prometer US$ 450 mil a cada jogador caso a seleção leve a taça, a Inglaterra, US$ 280 mil, a
França, US$ 270 mil, a Itália, US$
180 mil, e o Brasil, US$ 100 mil, o
prêmio da Argentina não deverá
passar dos US$ 30 mil.
Julio Grondona, presidente da
Associação de Futebol Argentino,
reconhece que a entidade atravessa fase difícil do ponto de vista
econômico, já que a situação no
país é das piores. "Exceto os repasses que temos da Fifa, todas as
nossas receitas são em pesos.
Com a desvalorização da moeda,
tivemos que apertar os cintos."
Os prêmios pela classificação
nas eliminatórias e o salário de
Marcelo Bielsa e demais membros da comissão técnica estão
atrasados. Se o time for campeão
na Ásia, devem ser quitados.
O treinador, cuja saída chegou a
ser cogitada no início do ano,
quando passou a receber em peso
-seu contrato era em dólar-,
não quer comentar o assunto.
"Estamos na Copa para ganhar,
independentemente de qualquer
coisa. Somos profissionais, mas
vamos jogar também por amadorismo. E amadorismo no bom
sentido. Amadorismo como
amor à camisa."
Se a crise fez encolher a premiação argentina, também reduziu
-e muito- a quantidade de torcedores que viajaram ao Japão para acompanhar a equipe.
De acordo com a AFA, cerca de
200 pessoas compraram pacotes.
Marcelo Almeyda, 27, torcedor
do Boca Juniors, foi um deles.
Viajou com a cara e a coragem.
"Comprei os ingressos pela internet, mas entrei no país com US$
800 e nada mais. Se precisar, durmo em parque, aonde for."
Até agora, no entanto, não foi
necessário. "Perto da concentração [argentina] encontrei um
templo que está aceitando turistas
estrangeiros. Com US$ 15 você
consegue passar a noite."
Mesmo com poucos torcedores,
a Argentina não parece tão interessada em cativar o público local.
Depois que Maradona teve o visto
negado pelo Japão, os treinos do
time que foram abertos passaram
a exigir a cobrança de ingresso
-US$ 40 por cabeça- para a
torcida japonesa.
"Não é torcida que ganha ou
perde jogo", disse Pablo Cavallero, 28, que deve começar como
goleiro titular em lugar de Germán Burgos, 33. ""A chave em si é
difícil [trata-se do chamado "grupo da morte", completado por Nigéria, Inglaterra e Suécia], mas
sabemos de nossas possibilidades. Se jogarmos o que podemos,
é bem possível que a torcida [da
casa] nos apóie."
(JCA)
NA TV - Globo e Sportv, ao
vivo, às 2h30 de domingo
Texto Anterior: Grupo F/amanhã: Por Maradona, Argentina vai contra tudo e contra todos Próximo Texto: Nigéria se diz unida e promete atacar até com 5 Índice
|