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Técnico adota estilo "Forrest Gump" para aproximar imprensa
DOS ENVIADOS A ULSAN
Primeiro foi um apelo para
que a convivência com os jornalistas, "brasileiros como a
seleção", fosse a melhor possível. Ontem, um inusitado bate-papo entre o sargentão Luiz
Felipe Scolari, aparentemente
desarmado e bem-humorado,
e dezenas de jornalistas que se
acotovelaram para participar
da conversa.
Em sua cruzada diplomática
para se reaproximar dos repórteres, o técnico gaúcho surpreendeu. Era início do treino
físico no campo de Mipo, na
Universidade de Ciências de
Ulsan, e Scolari caminhou na
direção da pequena arquibancada onde os jornalistas acompanham os treinamentos.
Tal como Forrest Gump,
personagem de Tom Hanks
em filme homônimo, desandou a contar histórias. O mesmo Scolari que, nos tempos de
Palmeiras, agrediu com socos
um repórter.
Adotando uma versão
"light", falou sobre tudo. Desde suas aventuras como jogador no Sul como pupilo do capitão Froner, nos anos 70, ao
empenho que tem percebido
nos atletas. Elogiou o auxiliar
Carlos Pracidelli, para ele o
melhor preparador de goleiros
do país. O técnico também rasgou seda para seu colega Bora
Milutinovic, que comanda a
China - "é um cara engraçado, sensacional".
Respondeu a todas as perguntas, como numa conversa
de botequim. Reclamou do fato de seu filho mais velho, Leonardo, 18, ter se alistado no
Exército -em sua opinião, as
Forças Armadas deveriam selecionar apenas os jovens que
vêem na carreira militar uma
perspectiva para o futuro.
Bem-humorado, Scolari
contou que falou para sua mulher, Olga, que era bobagem
acordar cedo para ver a seleção
contra a Turquia, às 6h30.
Essa é a nova roupagem do
treinador da equipe nacional.
Resta saber se o técnico gaúcho continuará com a postura
brincalhona e solícita que vem
apresentando se o Brasil tropeçar.
(FV, FM, JAB E SR)
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