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Com dois volantes recuados, seleção brasileira precisou se esforçar para alcançar o empate contra equipe mista do Athletic Bilbao
Meio-campo murcha teste tático
dos enviados especiais a Bilbao
No penúltimo amistoso antes da
estréia na Copa do Mundo, a seleção brasileira teve que se esforçar
para empatar em 1 a 1 com o time
misto do Athletic Bilbao, ontem,
no País Basco.
Com uma nova formação tática,
com os dois volantes, César Sampaio e Doriva, recuados, os brasileiros mostraram erros em todos
os setores, mas melhoraram em
relação ao jogo-treino de sexta-feira, contra o Racing de Paris,
em Ozoir-la-Ferrière (França).
O Athletic posicionou sua defesa
em seu próprio campo, de modo
diferente do que a seleção brasileira deve encontrar contra as seleções européias na Copa.
Os brasileiros tinham liberdade
para conduzir a bola até o
meio-campo, mas lá pouco sabiam o que fazer com ela, porque,
com Rivaldo e Giovanni marcados, cabia a César Sampaio e Doriva fazer a armação.
No início, Ronaldinho ainda
tentou repetir o que tem feito nos
treinos: voltar para pegar a bola e
iniciar a armação das jogadas.
Aos 9min, ele deu um lançamento para Rivaldo, que só não resultou em gol porque Giovanni estava em impedimento ao finalizar.
Mas, novamente, Ronaldinho
não se entendeu com Bebeto. O
substituto de Romário movia-se
sempre em desacordo com seu colega de ataque.
Se conseguia parar bem o Brasil,
o Athletic ia ainda melhor quando
tinha a bola. Aproveitando-se dos
erros de colocação do lateral-direito Cafu, o meia Jorge Perez e o
atacante Ziganda penetraram várias vezes por esse setor.
No banco de reservas, o técnico
Zagallo mostrava um nervosismo
pouco condizente com o discurso
de que o jogo era um teste e o resultado não importava.
Aos 12min, por exemplo, a marcação de um lateral que prejudicou um ataque do Brasil o fez levantar do banco aos berros contra
a marcação.
O time espanhol marcou aos
19min. Javi González bateu uma
falta indireta para a área. Taffarel
rebateu para o chão, os zagueiros
titubearam, e o líbero Carlos Garcia, um dos quatro titulares da
equipe em campo, marcou na pequena área.
Depois do jogo, Taffarel disse
que Roberto Carlos desviou a bola
que ia para as suas mãos.
Os brasileiros só reagiram aos
24min, quando a torcida do Athletic gritou "olés" seguidos porque
Alkiza driblava quatro brasileiros,
um atrás do outro.
Dali para o final do primeiro
tempo, os brasileiros mostraram
empenho ainda maior, prejudicado por erros de passe de todos os
jogadores, menos de Rivaldo, que
estragava as jogadas porque não
passava a bola a ninguém.
Apesar da vitória parcial de seu
time, o técnico Luis Fernández
mostrava-se irritado, com um pirulito na boca. Aos 33min, por
exemplo, ele virou-se de costas para o campo quando um jogador
seu recuou a bola para o goleiro.
No segundo tempo, o Brasil
marcou logo aos 3min. Após toques de Cafu, Giovanni e Ronaldinho, Rivaldo recebeu na entrada
da área e chutou no canto.
Em seguida, Fernández começou a substituir vários jogadores e
o Athletic caiu um pouco.
Zagallo substituiu Cafu aos
11min, após ele ter levado um cartão amarelo por falta violenta.
O Brasil conseguiu seu melhor
equilíbrio quando Leonardo e Edmundo substituíram César Sampaio e Bebeto, aos 21min.
Mas, nove minutos depois, Zagallo trocou Giovanni por Denílson, e a equipe despencou. No fim,
cada equipe teve duas chances,
desperdiçadas.
(MD e AGz)
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