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Índice de 2,52 por jogo só supera o do Mundial de 90
Copa registra na Ásia a 2ª pior média de gols
DOS ENVIADOS A YOKOHAMA
A Copa encerrada ontem no Japão mostrou um futebol que tem
cada vez menos gols.
Pela segunda vez seguida, a média de gols voltou a cair. Desta vez,
foi para 2,52 por partida.
É um decréscimo de 6% em relação ao torneio disputado na
França há quatro anos.
O suficiente para deixar este torneio em uma situação não muito
agradável para os torcedores: sua
média de gols foi a segunda mais
baixa da história das Copas, à
frente apenas da registrada em
1990 na Itália (2,21).
Três times foram eliminados
sem marcar nenhuma vez: China,
Arábia Saudita e, grande surpresa, a ex-campeã França.
O aproveitamento dos pênaltis
marcados durante as partidas foi
72% -das 18 cobranças, 13 foram
convertidas. A Coréia do Sul teve
o pior histórico no quesito: perdeu as duas penalidades marcadas a seu favor.
Na véspera de seu encerramento, o Mundial registrou um recorde. Na decisão do terceiro lugar,
contra a Coréia do Sul, o atacante
turco Hakan Sukur marcou o gol
mais rápido da história das Copas, com apenas 11 segundos de
jogo, numa bobeada do líbero
Hong Myung-bo.
"Um gol engraçado", como definiu o técnico da Coréia do Sul, o
holandês Guus Hiddink.
O feito de Sukur, porém, não superou uma marca estabelecida
nas eliminatórias de 1993, quando
Davide Gualtieri, de San Marino,
que marcou com apenas sete segundos contra a Inglaterra.
Outro recorde estabelecido nos
campos asiáticos foi o de maior
número de gols contra num jogo
-aconteceram dois na vitória
dos EUA sobre Portugal, por 3 a 2,
um para cada lado.
Na primeira Copa dividida entre duas sedes, os gols penderam
para um dos lados, o sul-coreano.
Na Coréia do Sul, foram marcados 90 dos 161 gols do torneio,
27% a mais do que o número registrado no Japão em igual número de partidas. Os coreanos viram
a chave com maior número de
gols, o Grupo B, em que se classificaram Espanha e Paraguai -em
suas seis partidas, a rede foi balançada 22 vezes.
No Japão esteve a chave F, o
grupo da morte, onde estava a eliminada seleção argentina e que
acabou sendo a que menos comemorações viu no Mundial recém-encerrado -foram só nove gols.
A primeira fase viu também que
os jogos finais foram os mais
emocionantes em termos de gols.
A terceira e última rodada teve a
melhor média de todas: 3,06 gols
marcados por partida.
No mata-mata, a média caiu
bastante. As quartas-de-final tiveram média de apenas 1,25 gol por
jogo. Pior ainda foi o que veio depois. As duas semifinais viram
apenas dois gols no total, um do
atacante brasileiro Ronaldo e outro do meia alemão Ballack.
Pela sexta Copa consecutiva,
predominaram as vitórias magras. O resultado de 1 a 0 foi o
mais comum deste Mundial.
Aconteceu 15 vezes.
O segundo resultado mais comum foram os empates em 1 a 1 e
as vitórias por 2 a 0, vistos dez vezes na Ásia.
Vitórias por três ou mais gols
aconteceram em 7 dos 64 jogos
disputados neste Mundial.
As estatísticas da Copa-2002
mostram também que quem
marcou primeiro venceu em 38
das partidas. Houve nove viradas
de jogo, incluída aí as que deram à
seleção brasileira as vitórias na estréia sobre a Turquia e sobre a Inglaterra nas quartas-de-final.
(FÁBIO VICTOR, FERNANDO MELLO, JOÃO CARLOS ASSUMPÇÃO, JOSÉ ALBERTO BOMBIG, PAULO COBOS, ROBERTO
DIAS, RODRIGO BUENO E SÉRGIO RANGEL)
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