São Paulo, segunda-feira, 01 de julho de 2002

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Índice de 2,52 por jogo só supera o do Mundial de 90

Copa registra na Ásia a 2ª pior média de gols

DOS ENVIADOS A YOKOHAMA

A Copa encerrada ontem no Japão mostrou um futebol que tem cada vez menos gols.
Pela segunda vez seguida, a média de gols voltou a cair. Desta vez, foi para 2,52 por partida.
É um decréscimo de 6% em relação ao torneio disputado na França há quatro anos.
O suficiente para deixar este torneio em uma situação não muito agradável para os torcedores: sua média de gols foi a segunda mais baixa da história das Copas, à frente apenas da registrada em 1990 na Itália (2,21).
Três times foram eliminados sem marcar nenhuma vez: China, Arábia Saudita e, grande surpresa, a ex-campeã França.
O aproveitamento dos pênaltis marcados durante as partidas foi 72% -das 18 cobranças, 13 foram convertidas. A Coréia do Sul teve o pior histórico no quesito: perdeu as duas penalidades marcadas a seu favor.
Na véspera de seu encerramento, o Mundial registrou um recorde. Na decisão do terceiro lugar, contra a Coréia do Sul, o atacante turco Hakan Sukur marcou o gol mais rápido da história das Copas, com apenas 11 segundos de jogo, numa bobeada do líbero Hong Myung-bo.
"Um gol engraçado", como definiu o técnico da Coréia do Sul, o holandês Guus Hiddink.
O feito de Sukur, porém, não superou uma marca estabelecida nas eliminatórias de 1993, quando Davide Gualtieri, de San Marino, que marcou com apenas sete segundos contra a Inglaterra.
Outro recorde estabelecido nos campos asiáticos foi o de maior número de gols contra num jogo -aconteceram dois na vitória dos EUA sobre Portugal, por 3 a 2, um para cada lado.
Na primeira Copa dividida entre duas sedes, os gols penderam para um dos lados, o sul-coreano.
Na Coréia do Sul, foram marcados 90 dos 161 gols do torneio, 27% a mais do que o número registrado no Japão em igual número de partidas. Os coreanos viram a chave com maior número de gols, o Grupo B, em que se classificaram Espanha e Paraguai -em suas seis partidas, a rede foi balançada 22 vezes.
No Japão esteve a chave F, o grupo da morte, onde estava a eliminada seleção argentina e que acabou sendo a que menos comemorações viu no Mundial recém-encerrado -foram só nove gols.
A primeira fase viu também que os jogos finais foram os mais emocionantes em termos de gols. A terceira e última rodada teve a melhor média de todas: 3,06 gols marcados por partida.
No mata-mata, a média caiu bastante. As quartas-de-final tiveram média de apenas 1,25 gol por jogo. Pior ainda foi o que veio depois. As duas semifinais viram apenas dois gols no total, um do atacante brasileiro Ronaldo e outro do meia alemão Ballack.
Pela sexta Copa consecutiva, predominaram as vitórias magras. O resultado de 1 a 0 foi o mais comum deste Mundial. Aconteceu 15 vezes.
O segundo resultado mais comum foram os empates em 1 a 1 e as vitórias por 2 a 0, vistos dez vezes na Ásia.
Vitórias por três ou mais gols aconteceram em 7 dos 64 jogos disputados neste Mundial.
As estatísticas da Copa-2002 mostram também que quem marcou primeiro venceu em 38 das partidas. Houve nove viradas de jogo, incluída aí as que deram à seleção brasileira as vitórias na estréia sobre a Turquia e sobre a Inglaterra nas quartas-de-final. (FÁBIO VICTOR, FERNANDO MELLO, JOÃO CARLOS ASSUMPÇÃO, JOSÉ ALBERTO BOMBIG, PAULO COBOS, ROBERTO DIAS, RODRIGO BUENO E SÉRGIO RANGEL)


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