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São Paulo, terça-feira, 01 de julho de 2003

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Argentina é "pedra no sapato" de Leão

ALEC DUARTE
DA REPORTAGEM LOCAL

Poucos técnicos ou jogadores encarnam tão bem o espírito de rivalidade que existe entre brasileiros e argentinos como Emerson Leão. Também, pudera: o treinador do Santos não tem boas recordações das partidas que disputou no país vizinho.
Lá, apesar de ter conquistado dois títulos de menor expressão, Leão viveu o momento mais conturbado de sua carreira como técnico: foi agredido com uma barra de ferro após o jogo Lanús 1 x 4 Atlético-MG, na final da Copa Conmebol de 1997, e sofreu três fraturas no malar (osso da face).
Submetido a uma cirurgia, Leão teve implantadas miniplacas de titânio para corrigir as fraturas.
A agressão ocorreu durante um conflito generalizado. Os jogadores do Lanús acuaram os brasileiros no alambrado e o técnico acabou sendo atingido por um torcedor, posteriormente identificado.
No ano seguinte, Leão voltaria a disputar um título na Argentina.
Desta vez, sem brigas: seu time, o Santos, derrotou o Rosário Central e foi campeão.
Desde então, o brasileiro sempre procurou abreviar ao máximo suas escalas na Argentina. Como na semana passada, quando fez o Santos passar menos de 40 horas em Buenos Aires. A justificativa: ter o menor contato possível com os argentinos.
Além disso, o treinador convenceu a diretoria do clube a contratar seguranças justamente por temer por sua segurança.
Como jogador, o histórico de Leão (que nunca venceu a Libertadores) na Argentina também não é dos melhores. Ele foi titular da seleção brasileira na Copa do de 1978, disputada no país.
Mesmo sem perder nenhum jogo, o Brasil ficou em terceiro lugar -o que levou o técnico Cláudio Coutinho a dar à equipe o título de "campeã moral".
Leão contesta a lisura daquele Mundial colocando sob suspeita o jogo Argentina 6 x 0 Peru, na semifinal, que eliminou o Brasil.
O treinador também reclama que a seleção teve de jogar em quatro cidades diferentes (Mar del Plata, Rosário, Mendoza e Buenos Aires), enquanto os argentinos o fizeram apenas em duas (Buenos Aires e Rosário). A Argentina foi a campeã.


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