DA REPORTAGEM LOCAL

Além da pressão da torcida, e a busca por um título inédito, o técnico Luis Fernando Montoya vai poder escalar uma de suas principais armas para o confronto de hoje contra os argentinos: os 2.150 m de altitude, que deixaram pelo caminho o Vélez Sarsfield, o Santos e o São Paulo, na trilha pela final da Libertadores.
O Once Caldas recebe o temido Boca Juniors às 21h15, no fatídico estádio de Palogrande, em Manizales, precisando vencer para arrebatar o seu 1º título de Libertadores. Empate, a decisão da competição vai para os pênaltis.
E, se depender da estratégia que o Once Caldas vem utilizando na Libertadores, 50% do caminho já foi percorrido após o empate de 0 a 0, em La Bombonera.
No confronto com Santos e São Paulo, os colombianos empataram no Brasil e fizeram o resultado em Manizales, onde ainda não perdeu na competição.
A altitude só falhou nas oitavas-de-final, quando o Once Caldas empatou com o Barcelona, mas se garantiu nas penalidades.
Assim, tendo a altitude como aliada, o Once Caldas chega na decisão com um retrospecto invejável em casa: cinco vitórias e um empate: aproveitamento de 89%.
Com o time concentrado desde segunda-feira, o técnico Montoya deu um tom nacionalista ao jogo. "A história nos tem reservado um lugar privilegiado."
Pelo lado do Boca Juniors, o técnico Carlos Bianchi, quatro vezes campeão do torneio, vai ter três reforços importantes: Tévez, Cascini e Vargas, ausentes do jogo na Argentina por estarem suspensos.
Os argentinos se concentraram em Pereyra, cidade que fica a 48 km de Manizales, e o técnico Carlos Bianchi levou os seus 25 jogadores para Colômbia.
Ausente do jogo de ida, o atacante Tévez partiu para as provocações. "Sabemos que somos superiores. Na Argentina, eles só jogaram na defesa."