DA REPORTAGEM LOCAL

No mesmo dia em que a FIA anunciou que tomará medidas para aumentar a segurança dos pilotos na F-1, a Williams confirmou que Ralf Schumacher ficará sem correr por até 12 semanas.
De acordo com comunicado da equipe inglesa, foram descobertas duas fraturas na coluna do piloto alemão em conseqüência do acidente sofrido no GP dos EUA, em Indianápolis, há duas semanas.
Ralf foi examinado em uma clínica na cidade de Bad Nauheim, na Alemanha, onde também está sendo tratado. De acordo com os médicos, o prazo mínimo de recuperação é de oito semanas.
Para o seu lugar no GP da França, no domingo, a Williams anunciou que contará com seu piloto de testes, o espanhol Marc Gené.
Caso Ralf demore mesmo os três meses previstos para voltar às pistas, ele só deve retornar no GP da China, em 26 de setembro, antepenúltima prova da temporada.
Ainda segundo a Williams, após o diagnóstico, decisões sobre novos pilotos na escuderia só serão tomadas mais para a frente. Duas vagas serão abertas na equipe no ano que vem, já que Ralf vai para a Toyota e Juan Pablo Montoya foi contratado pela McLaren.
Também ontem, a FIA anunciou que pedirá a seu Grupo Técnico medidas para diminuir o número de acidentes como o de Ralf e o de Felipe Massa, no Canadá.
"Não há dúvida de que agora os carros estão muito velozes", disse o presidente da entidade máxima do automobilismo, Max Mosley.
Para justificar tal preocupação, ele se baseia em números. A pole para o GP de Mônaco de 1998, por exemplo, foi conseguida em 1min19s798 por Mika Hakkinen. Neste ano, no mesmo circuito, Jarno Trulli cravou 1min13s985.
"É uma questão de probabilidade: quanto mais rápidos os carros, maior a possibilidade de alguém se machucar ou morrer", disse.
Caso não apareça nenhuma proposta em dois meses, a FIA pode impor as mudanças.