|
Texto Anterior | Próximo Texto | Índice
Hotel cheio se opõe ao isolamento de 98
DOS ENVIADOS A FRANKFURT
Quando Ronaldo sofreu uma
crise nervosa no isolado Château de Grande Romaine, na
pacata Lésigny, horas antes da
final da Copa da França, em
1998, não havia ninguém, além
de jogadores e membros da comissão técnica num raio de algumas centenas de metros.
Caso mais misterioso envolvendo a seleção brasileira em
Mundiais, o problema só foi
descoberto minutos antes da
decisão em Saint-Denis.
Se a história se repetisse na
Alemanha, dificilmente ela seria escondida. As concentrações fechadas para o Brasil ficaram para trás. Até o fim do
Mundial, se a seleção passar pela França hoje, a marcação de
fãs, jornalistas, maria-chuteiras, cartolas e empresários ao
time está mais cerrada.
Os jogadores, assim como
aconteceu em Berlim e Munique, ficam em quartos de poucos metros quadrados.
Eles se alojam no quinto andar do Arabella Sheraton, no
centro de Frankfurt, sob forte
esquema de segurança, e só deixam o local com permissão do
supervisor Américo Faria.
Enclausuramento para fugir
do assédio dos fãs, que entram e
saem a todo momento do hotel.
No lobby, um batalhão de jornalistas espera por notícias.
Do lado de dentro do hotel,
duas garotas de programa
aguardavam uma chance para
oferecer seus serviços.
Em outro ponto do lobby, o
empresário Wagner Ribeiro,
que representa Robinho, se
queixava do cansaço da viagem
de São Paulo a Frankfurt.
A poucos metros dali, torcedores tentavam, em vão, entrar
em uma área reservada e vigiada por seguranças no afã de encontrar algum ídolo.
Da delegação brasileira, porém, nem Parreira, como de
costume, apareceu no lobby.
(EDUARDO ARRUDA, PAULO COBOS, RICARDO PERRONE E SÉRGIO RANGEL)
Texto Anterior: Saiba mais: Personagens de crise hoje vêem pela TV Próximo Texto: Descontração marca o último treino pré-duelo Índice
|