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Deve faltar datas em 1998
da Reportagem Local
O primeiro semestre do ano que
vem ameaça ser o mais tumultuado da história do futebol brasileiro, em termos de competições.
A decisão do Clube dos 13
-formado de fato por 16 clubes- de levar adiante a proposta de realizar a Copa União
ameaça obrigar os clubes -e
especialmente os jogadores-
a jogarem uma quantidade de
jogos sem precedentes.
Para esse período, já estão
previstos o Torneio Rio-São
Paulo, até o final de fevereiro,
os campeonatos estaduais, as
duas primeiras fases da Taça
Libertadores da América, a Copa do Brasil, a preparação da
seleção brasileira para a Copa
do Mundo da França e as três
primeiras fases da própria Copa do Mundo.
Para os clubes, o calendário
do primeiro semestre acaba na
metade de maio.
Em princípio, há apenas dois
meses e meio -março, abril e
metade de maio- para os estaduais, a Copa do Brasil e a Libertadores -e eventualmente
para a Copa União, um torneio
estilo mata-mata disputado
apenas entre os membros do
Clube dos 13.
Sem datas para tantos jogos,
deve prevalecer uma queda-de-braço entre clubes, federações, CBF e emissoras de TV
por dinheiro, datas e/ou clubes.
Por exemplo, o SBT vai pressionar contra um eventual boicote do membros dos Clube
dos 13 à Copa do Brasil, cujos
direitos de transmissão pertencem à emissora paulista, em favor da Copa União.
Emissoras concorrentes, como a Globo e Bandeirantes,
por outro lado, vão forçar do
lado contrário para ficar com
os clubes que dão audiência.
(MARCELO DAMATO)
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